Verbalize-se!

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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

O Cristão e a Guerra


Toda a alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus.Por isso quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem, e terás louvor dela.Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal”.  Romanos 13:1-4

Qual o intuito da guerra?

  Guerra (Definição): Oposição  a um designo comum entre duas forças antagônicas por meio de um confronto moral e objetivo.

Qual a razão da guerra para o cristão?

 “E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”.  Romanos 12:2   

    Toda guerra idealizada pelos cristãos, tem o intuito de desfazer qualquer resquício  de maleficência, deixada pela concupiscência secular, gerando iniqüidade no ser humano e tornando-o apto a combater o mal causado por si mesmo e pelos outros.  (Tiago 4:1-4; 1 Pedro1:13-15;  Efésios 6:11-18)

     Fato que a Bíblia narra aspectos contextualizados à realidade de um povo escolhido por Deus, em detrimento de uma história marcada por fatos históricos de desobediência, revelações, libertação, restauração, sacrifícios e promessas. Tais acontecimentos definem o propósito de Deus para a humanidade, representada sob a realidade do povo judeu, para que através deles, o mundo pudesse reconhecer o poder de seus desígnios, vigentes a qualquer um que pudesse discernir sua cultura dos preceitos indeléveis de um Criador, perante a sua criação. (1 Co10:31-32)

   Porém a multiplicação do pecado, da rebeldia e da desobediência afrontosas para com Deus e suas santas leis propiciam o desentendimento e o confronto bélico entre os homens. Tal desentendimento evolui de simples hostilidades a confrontos de longa duração e sofrimento. (Mc7:21-22; Gl 5:19-20; Dt 28:25; Is 48:22; Sl120:7)

   Tais acontecimentos foram marcados no livro de Gênesis 6, passos que conduzem o conflito entre nações. Corrompidos, os homens multiplicaram-se na terra (Gn 6:1), multiplicando a maldade (Gn 6:5), a Terra encheu-se de violência (Gn 6:11), aponto do Senhor promover o juízo por meio do Dilúvio. Quatro reis fizeram guerra contra cinco, Ló foi levado cativo, forçando o patriarca armar-se com seus criados e promeover uma expedição militar (Gn 14:1-2; Gn 14:12-17).

  Com tantas discórdias e pluralidades ideológicas criadas pelos povos ao longo dos anos, Deus não se manifesta indiferentemente perante tais aparatos.(Amalequitas /Ex 7:8-16; Jericó/Js 6:2; Ai/Js 8:1; Filisteus/1Sm 7:1-14; Amonitas 11:1-11; Cananeus 11:19-20).



  Pertencentes aos “Livros das Guerras do Senhor”, vê-se que tais povos e nações eram manipulados e mobilizados pelos inimigos para impedir a suposta vinda do Messias à humanidade.

   As guerras geradas no antigo ao velho testamento foram frutos da desobediência e negligência aos fundamentos deixados por Deus aos homens, de forma a originar-se estatutos e regimentos alheios, praticados pelos fariseus e doutores da lei. No obstante, o nascimento do Cristo, resultou no desfecho do contínuo conflito moral e armamentista de povos, substancialmente dispostos a trasladarem o curso natural do qual os judeus deveriam seguir. Jesus empenhou-se em fazer de sua própria vida, o sacrifício vivo que neutralizaria a prática de conflito entre os homens, como tentativa de chegarem a um denominador final. Ele rompeu as barreiras da condenação, anulou qualquer presunção de seus opositores de levarem seus seguidores ao mau caminho, fazendo-se uso da sentença contra tais procedimentos, aniquilando o uso da violência, através da personificação de seu próprio caráter aos homens. (Efézios 2,15-19; Isaías 53:5)


  Por causa de Jesus Cristo, a humanidade foi servida de princípios que serviram como estrato da sociedade politicamente correta a partir da Idade Média. Seus fundamentos são  base do alicerce de uma geração atual, sondada pelo respeito mútuo, perdão, liberdade de expressão e vislumbre pela humildade e simplicidade de atitudes construtivistas.( João 14:12)

  Contudo, a humanidade ainda encontra-se assolada pela inversão de valores e potencialmente sujeitos a violação de seus próprios direitos em exercer corretamente a virtude deixada pelo Livre Arbítrio.

 Todo cristão deve ter em mente sobre a sua capacidade em predominar sob as circunstâncias impostas ao mundo, por meio da dádiva concebida pelo Espírito Santo em pleno consentimento da soberania de Deus sobre quaisquer condições. (Lucas 10:5-11, Lucas 10:16-20).



“Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”. Efésios 6:11-12

"Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda". 2 Timóteo 4:7,8

domingo, 13 de novembro de 2011

O Caso Youseff Nadarkhani



      O Pastor Nadarkhani da Igreja evangélica de denominação Iraniana foi preso em sua cidade natal de Rasht, no Irã em 2009 durante tentativa de registrar sua igreja. Em setembro de 2010 ele foi julgado e considerado culpado de apostasia (abandono ao Islã) e foi condenado à morte. Seu caso foi encaminhado ao líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei Hoseyni, a mais alta autoridade política e religiosa no país.

     (Atualizado em 08/11/11) Um veredicto é aguardado ainda do Líder Supremo sobre o caso do Pastor Nadarkhani. O CSW - Christian Solidarity Worldwide (Solidariedade Christã ao Redor do Mundo), uma instituição cristã internacional chama para uma ação urgente de 09 de novembro para pedir que ele seja perdoado durante o festival muçulmano de Eid Al-Adha, (06-09 novembro 2011). Este festival tornou-se tradicional para perdoar presos durante o Eid Al-Ahda em algumas partes do mundo muçulmano, pois comemora a boa vontade do patriarca Abraão de sacrificar seu filho como um ato de obediência a Deus. Já durante Eid 2011, centenas de prisioneiros foram perdoados em Marrocos, Egito e Dubai.

     A CSW continua pedindo por orações e  chamando por uma ação urgente em nome do Pastor Nadarkhani. A instituição continua a advogar em favor de Pastor Nadarkhani através da sensibilização da comunidade internacional e da mídia, incitando importantes personalidades internacionais para intervir em seu nome.
  A vigilância internacional continua e a pressão é vital: a vida deste homem ainda está em uma balança!


Resposta global ao caso do Nadarkhani:


   A CSW tem vindo a defender para uma acção internacional urgente para impedir a execução do pastor. À medida que o impulso cresceu, declarações condenando a sentença tem sido emitido por vários políticos internacionais, inclusive do britânico William Hague, a secretária de Estado dos EUA Hillary Clinton, da imprensa do presidente Barack Obama esecretários, os governos da França, Canadá e Uruguai, e da UE; Representante dos Negócios Estrangeiros, Catherine Ashton.



   Proeminências nacionais e meios de comunicação internacionais têm caracterizado o caso, incluindo: The Times, The Guardian, The Telegraph Statesman, New, The Washington Post, Voz da América, Skynews, ITN, Business Week, a CNN e a BBC.

  Dentro de uma semana de campanha, a CSW mobilizou mais de 40.000 militantes, através da mídia social e o site da Christian Solidarity Worldwide. Grupos de páginas do Facebook em apoio do Pastor Nadarkhani contam com 11.400 membros internacionais.
Milhares de pessoas no mundo estão orando e protestando no local.
Caso do pastor Nadarkhani: Timeline

 

Outubro 2009 - O Pastor Nadarkhani foi preso, logo após o questionamento do monopólio muçulmano de ensino religioso para crianças do Irã, no qual era tido como inconstitucional..
Setembro 2010 - Pastor Nadarkhani foi julgado e considerado culpado de apostasia (abandonar o islã) pelo tribunal de Gilan Assize, província em Rasht e recebeu a notificação verbal de uma sentença de morte, apesar do fato de que a morte por apostasia não é codificada no Código Penal iraniano . O tribunal usou uma brecha na Constituição do Irã, baseando-se ao seu veredicto sobre fatwas (sentenças religiosas) pelo aiatolá Khomeini, o "pai" da Revolução iraniana, o aiatolá Khamenei, líder supremo do Irã e grão-aiatolá Makarem Shirazi, atualmente o mais influente líder religioso no país.

Novembro de 2010: o veredicto escrito do julgamento setembro foi recebido pela equipe jurídica Pastor Nadarkhani, confirmando a notificação verbal de uma sentença de morte por apostasia.


Dezembro de 2010: o advogado de Nadarkhani interpôs recurso de apelação.


Junho 2011 - O apelo foi ouvido pela Suprema Corte do Irã e a notificação verbal de um levantamento da sentença de morte foi dada.


Julho 2011 - Um veredicto escrito foi recebido pelo advogado do Pastor Nadarkhani, no entanto, estava datado para junho de 2011. Contradizendo o veredicto verbal recebido anteriormente, o veredicto escrito confirmou a sentença de morte, mas incluiu uma provisão para a sua anulação se o Pastor Nadarkhani renunciasse à sua fé. A Suprema Corte também pediu ao tribunal em Rasht para re-examinar se o Pastor Nadarkhani vinha praticando o islamismo como um adulto antes de adotar o cristianismo.


Setembro de 2011 - Pastor Nadarkhani foi levado a julgamento novamente 25-28 de Setembro. Em uma sessão de 25 de Setembro, o tribunal de Rasht decidiu que o pastor não teria praticado o islamismo como adulto, mas ainda assim manteve a acusação de apostasia por causa da sua ascendência muçulmana. De 26-28 setembro, ele apareceu no tribunal três vezes, e foi interrogado a renunciar sua fé a fim de garantir a anulação da acusação de apostasia e levantamento da sentença de morte. Ele recusou-se a cada vez mais. Em 28 de Setembro, o advogado Pastor Nadarkhani , o Sr. Mohammed Ali Dadkah, apresentou a defesa final.

A condenação e a sentença são ilegais sob a lei iraniana, uma vez que o Código Penal não especifica a morte por apostasia. Eles também violam o artigo 23 da Constituição iraniana que afirma que ninguém deve ser molestado ou levado para a tarefa simples para a realização de uma determinada crença. Além disso, a condenação e a sentença são violações da convenções internacionais de que o Irão é signatário, incluindo o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (PIDCP) que garante liberdade de religião e o direito de mudar de religião.


Outubro 2011 - Um veredicto final escrito pelo iwas, tribunal era esperado na segunda-feira 10 de Outubro, mas depois de várias semanas de escrutínio internacional intenso, frases ao Pastor Yousef Nadarkhani de morte por apostasia tem sido referidos ao líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Hoseyni Khamenei, a mais alta política e autoridade religiosa no país. O encaminhamento de processos judiciais para o Líder Supremo é raro e quase certamente irá causar uma demora para a emissão do veredicto escrito do julgamento.

   Enquanto esperamos para o veredicto formal passar, a vida Pastor Nadarkhani está na corda bamba. Não deverão ser tiradas conclusões sobre este caso até que este veredicto seja recebido.


   Precisamos cada vez mais que o maior número de pessoas possíceis estejam cientes dessa atrocidade tamanha que ameaçanão só a vida do pastor iraniano, como a família dele e ofuturo democrático oriundo de um país de inflexibilidade político-religiosa e diplomática como o Irã.

   Caso queira contribuir, para assinar a petição contra a condenação do pastor Nadarkhani, entre no site da CSW pelo link: 
http://e-activist.com/ea-action/action?ea.client.id=88&ea.campaign.id=12209 

   Em seguida, preencha os espaços requeirdos com seus dados pessoais. Após, clique em "SEND MESSAGE HERE".  

   Depois, vá ao espaço "ADD MESSAGE HERE", copie e cole a messagem* abaixo (por favor, sem retirar ou acrescentar nenhuma palavra) e clique em "send email".

*Mensagem:
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Excellency, the Ambassador of Iran

Dear Sir,

Along with many other people around the world, I have been following with great concern the case of Pastor Yousef Nadarkhani, who is being tried by a court in Rasht due to his religious beliefs.

I am writing to express my concern and hope that the court will drop all charges against Pastor Yousef, in accordance with international law and especially Iranian law and constitution, which clearly allows freedom for Christians to maintain their religious beliefs and practices.

I am also requesting Your Excellency to pass on my appeal and that of many others to the Iranian government, as a matter of great urgency in this case, so that an innocent person may not be condemned and the constitution of Iran may not be violated.

I am very grateful for your attention to this request.

Respectfully and sincerely,
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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Ética Cristã



“Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas”. Mateus 22:37-40
    A palavra Ética vem do grego Ethos (costume, disposição, hábito) e se refere a um conjunto de valores traduzidos como costumes ou práticas que são aprovados por uma cultura. A ética é a ciência da moral ou dos valores e tem a ver com as normas sob as quais o indivíduo e a sociedade vivem. Essas normas podem variar grandemente de uma cultura para outra e dependem da fonte de autoridade que lhes serve de fundamento.
Porque o SENHOR dá a sabedoria; da sua boca é que vem o conhecimento e o entendimento”. Provérbios 2:6
   A ética cristã se traduz na prática do contínuo discernimento de sua moral aplicada. A Moral significa pôr em prática a ética conferida, ou seja, o pleno exercício da ética em seu estado real e circunstancial. Para o cristão só existe um tipo de ética: a palavra de Deus. Nela estão fundamentados todos os valores inerentes ao ser humano diante do usufruto do mundo material e dos animais.
   Ele rega os montes desde as suas câmaras; a terra farta-se do fruto das suas obras.Faz crescer a erva para o gado, e a verdura para o serviço do homem, para fazer sair da terra o pão,E o vinho que alegra o coração do homem, e o azeite que faz reluzir o seu rosto, e o pão que fortalece o coração do homem”.  Salmos 104:13-15
   Dessa forma, todo o valor da ética do ser humano se fundamenta em aplicar um conjunto de conceitos, pertencentes aos atributos concedidos por Deus ao homem de fazer uso de sua capacidade de decisão e conseqüentemente, o uso de sua liberdade. Porém o homem destituiu-se da glória divina, a partir do momento em que desobedeceu a um posicionamento de Deus, no qual, originou-se o pecado por meio do uso deliberado de avaliar aquilo que se deve fazer parte de sua moral, tornado-a assim um conceito relativo à sua própria vontade.
 “Busca satisfazer seu próprio desejo aquele que se isola; ele se insurge contra toda sabedoria. O tolo não tem prazer na sabedoria, mas só em que se manifeste aquilo que agrada o seu coração. Vindo o ímpio, vem também o desprezo, e com a ignomínia a vergonha.Águas profundas são as palavras da boca do homem, e ribeiro transbordante é a fonte da sabedoria.Não é bom favorecer o ímpio, e com isso, fazer o justo perder a questão”. Provérbios 18:1-5


 
    A partir do momento em que foi incumbido ao homem a manipulação do discernimento do bem e do mal (Gênesis 2:17) e o uso de sua liberdade em aplicá-la, os seus princípios tornaram-se relacionais ao seu estilo de sobrevivência perante um mundo de iniqüidade e sobretudo de contínua transfiguração de seus valores ao longo dos tempos. Tais aspectos resultaram em um método de alcance de sua felicidade por meio de suas conquistas pessoais, contrapondo-se a moralidade de vivermos em prol um dos outros, desfrutando do mundo de forma saudável e favorável a todos os seres vivos. (Romanos1:21-32)

   Desde então, filósofos e existencialistas criam vertentes para um homem conceituado à sua própria intuição:
1.     Antinomismo – Palavra que significa “ausência de normas”, no qual tudo depende das pessoas e das circunstâncias. Jean Paul Sartre, filósofo francês afirmou que o homem é totalmente livre pra fazer de si ‘a própria lei’. É um conceito relativista, cada um age como quiser. Algo que acontecia com o povo de Israel quando estavam desviados, sem líder e sem pastor (Jz17.6 e 21.25). (Pv 14:12), Ec12.13).
2.     Generalismo - Doutrina do qual afirma que se devem haver normas gerais de conduta, mas não universais. A conduta de alguém é supostamente certa ou errada, dependendo de seus resultados. Assim como diz o filósofo italiano Nicolau Maquiavel, “os fins justificam os meios”. ( Jr 1.12b; Mc 13.31).
Além de outras modalidades e expressões seculares como Situacionismo, Absolutismo e Hierarquismo. Estamos falando de todas elas porque o mundo fala muito nelas, porém se baseiam no que mais lhes convém pessoalmente e muitas vezes, nem sequer as cumpre.
 
     Em contrapartida, qualquer busca pela ética cristã segundo preceitos de moralidade pessoal ou alheia a um padrão social, comum a uma determinada facção, pode ser constituído de dois tipos de moralidade relativa: o Legalismo e a Libertinagem.
  • Legalismo: Trata-se de uma postura doutrinária e comportamental que valoriza um sistema de regras como necessário para a salvação ou para o crescimento espiritual. Costuma-se igualar justiça a uma obediência externa, como código de conduta (Colossenses 2:8;16-23).
  • Libertinagem: Trata-se de uma postura comportamental que valoriza um sistema de preferências como necessário para o adorno congregacional, de modo a querer tornar o crescimento espiritual mais suscetível aos padrões de conduta de uma sociedade secular. Costuma-se igualar tendências comportamentais com crescimento. (1 Pedro 4:3, 1Pedro 2:16).
  Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova. Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado”. Romanos 14:22-23        
   Portanto, a nossa moralidade deve fazer parte do conteúdo no qual as escrituras priorizam o ser e não o estabelecer. A nossa justiça requer neste caso, o pleno domínio dos fundamentos de Deus, para evitar que nós permaneçamos alheios a um consenso de justiça referente a padrões perecíveis de conduta. (Romanos 6:12-18)



    É fato que a Bíblia narra aspectos contextualizados à realidade de um povo escolhido por Deus em detrimento de uma história marcada por fatos históricos de desobediência, revelações, libertação, restauração, sacrifícios e promessas. Tais acontecimentos definem o propósito de Deus para a humanidade, representada sob a realidade do povo judeu, para que através deles, o mundo pudesse reconhecer o poder de seus desígnios, vigentes a qualquer um que pudesse discernir sua cultura dos preceitos indeléveis de um Criador, perante a sua criação. (1 Co10:31-32)
    Fazendo uso desse conceito, pode-se afirmar que muitas das práticas conferidas nas escrituras dizem respeito a dois tipos de fundamentos:
1.     Parâmetros Circunstanciais: Trata-se de um conjunto de estatutos deixados por Deus que resultaram em fatores relacionados a condições bem definidas. Estão diretamente ligados a uma realidade momentânea. (Levítico12:1-3, Gálatas5:6, Colossenses 3:11) (Ex 20:8-11, Levítico 25:4; Marcos 2:24-28, Mateus12:2-8; Ezequiel 20:19-21)

2.     Parâmetros Atemporais: São os fundamentos deixados por Deus, mediante a fé e consumados pela vinda e sacrifício do Cristo, o Messias. Diz respeito à essência dos valores de um cristão, independente de sua época ou circunstância. (Mateus 24:34-35, Mateus 6:19-21, Salmos 119:160)

  Assim, o cristão como sal da terra e luz do mundo, não só deve ser diferente, mas seu comportamento como cristão deve ser referencial para a sociedade. Mesmo que certos consensos sejam mutáveis diante de condições circunstanciais, a sua atitude deve ser itinerante sob valores imutáveis. (1 Co10:1-13)
 
  Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam”. 1 Coríntios 10:23

   Portanto todo aquele que estabelece tal ética cristã como estilo de vida, tem a capacidade não só de discernir aquilo que é conveniente, mas tem o poder de instruir os demais, segundos preceitos favoráveis a uma moral adequada ( João 7:23-24, Atos 4:19, Lucas 7:43, Lucas 12:57).

   No entanto, aquele que faz uso do julgamento indevido para estabelecer regras ou avaliações, segundo princípios errôneos, esse sim não possui o direito de levantar críticas ou falso testemunho. (Mateus 7:1-5, 1 Corintios 6:2-5).


quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A Linguagem de Deus (Francis S. Collins)

 
 
    Quero deixar aqui uma dica de leitura, pra aqueles que gostam de tirar a risca sobre certos assuntos que nos levam a investigar mais além do que os valores cristãos de nossas igrejas pregam mas que comfirma toda a boa obra de Deus, do qual este tem nos dado como legado.

    A dica é o livro A Linguagem de Deus do biólogo americano Francis Collins, diretor do Projeto Genoma, responsável pelo mapeamento genético de todo o organismo humano. Projeto esse que durou 28 anos para ser concluído é o que há de mais moderno em torno do estudo do DNA, o código da vida. Com isso, tornou-se o cientista que mais rastreou genes com a finalidade de encontrar tratamento para diversas doenças.

    Nesse livro ele conta como deixou de ser ateu para se tornar cristão e narra as dificuldades que enfrentou no meio acadêmico ao confessar sua crença.




    Além disso, também é mencionado questões sobre a existência humana, a origem do universo desde o surgimento dos micróbios até a raça humana e a explicação sobre a natureza da criação do homem através dos conceitos do genoma humano. Além disso a obra cita parâmentros sobre semelhanças entre o livro de Gênesis, o astronomo Galileu e o cientista Darwin, diferenças básicas entre Ateísmo e Agnosticismo, pautas sobre o Criacionismo e Evolucionismo e como conclusão, cita práticas morais da ciência e da medicina nas obras de Deus.
 
    Francis Collins representa uma linhagem de cientistas que se dedicam a complementar uma visão ampla sobre o paralelismo da combustão material do universo com a plenitude da existência de uma soberania atuante na realidade de uma "autotranscedência" espiritual.
 
  “As sociedades precisam tanto da ciência como da religião. Elas não são incompatíveis, mas complementares.”

  “Eu vi o trabalho das mãos de Deus no estudo do mecanismo da evolução da vida. Se o Deus escolheu criar os seres humanos em sua imagem e se decidiu que o mecanismo da evolução era uma maneira elegante de realizar esse projeto, quem somos nós para dizer que esta não é a maneira correta.”

  Quanto a sua conversão: “Era uma tarde bonita e, de repente, a beleza notável da criação em torno de mim era simplismente extraordinária, me senti oprimido e percebi que eu não posso resistir a este novo momento!" 
 
    No mesmo instante, os fatos narrados pelo autor, registram experiências reflexivas sobre uma análise pessoal da sua vida com fatores científicos de relevância no mundo moderno e sobretudo, a relação entre tais coisas com o conteúdo pertinente a probabilidades da ação direta de Deus sobre a compreensão do mundo natural.
    

     Realmente é um livro de conteúdo bastante edificante e que constata em sua forma prática aquilo a Bíblia nos induz a acreditar de uma forma masi sólida a respeito da criação dos seres vivos individualmente.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Desde que Mal & Sofrimento existem, um Deus de Amor não pode...?



  A presença da dor, do mal e do sofrimento em nosso mundo são os argumentos mais persistentes levantados contra a crença em Deus. Normalmente, é algo assim ...

 Um Deus onisciente saberia que o mal existe.
 Um Deus todo-amoroso desejaria impedir do mal existir.
 Um Deus todo-poderoso poderia impedir o mal de existir.


 Mas o mal existe...

  Agora dado que a quarta proposta pareça ser inegável, pode-se inferir que um dos outros três devem ser falsos e, portanto, não pode haver um Deus onisciente, todo-amoroso e todo-poderoso. Ou, dito de outra forma, se Deus existe, Ele deve ser "impotente, ignorante ou perverso". Xeque-mate, ou pelo menos algumas pessoas pensam isso.

  No entanto, não muito tempo atrás, um filósofo americano chamado Alvin Carl Plantinga estendeu uma nova proposta que se destina a demonstrar que é logicamente possível para um Deus em criar um mundo que não contém o mal. Isto é como ele resumiu em sua defesa:


  "Um mundo com criaturas que são significativamente livres (e livres em realizar mais boas do que más ações, como deveria ser) é mais valioso do que um mundo que não contenha criaturas livres em tudo. Agora Deus pode criar criaturas livres, mas Ele não pode causar ou determinar que elas façam apenas o que é certo. Pois, se Ele assim o faz, então elas não são significativamente livres afinal, elas não fazem o que é certo livremente. Para criar criaturas capazes de boa moral, portanto, Ele deve criar criaturas capazes de moral ruim, e Ele não pode dar essas criaturas a liberdade para fazer o mal e, ao mesmo tempo impedi-las de fazê-lo".

  CS Lewis concorda dizendo, imagine uma viga de madeira que se torna suave como a grama quando foi usada como arma, e o ar se recusa a obedecer-me se eu tentasse criar nele ondas sonoras que carregam mentiras ou insultos. Mas tal mundo seria aquele em que ações erradas eram impossíveis, e portanto, a liberdade da vontade seria nula, ou melhor, se o princípio fosse realizado à sua conclusão lógica, os maus pensamentos seriam impossíveis e a matéria cerebral que nós usamos pra pensar recusaria a sua tarefa quando tentássemos enquadrá-las. Continuando sua defesa, Plantinga diz: "Como se viu, infelizmente, algumas das criaturas livres Deus falharam no exercício de sua liberdade, que é a fonte da moral ruim. O fato de que criaturas livres, por vezes, dão errado em suas ações, no entanto, conta. Porém não contra a onipotência de Deus, nem contra a sua bondade, pois Ele poderia ter prevenido a ocorrência da moral ruim apenas eliminando a possibilidade de boa moral ".

  Assim, mesmo que Deus é todo-poderoso, é possível que não estivesse em seu ímpedo em criar um mundo contendo boa moral, mas nenhuma moral ruim e, portanto, não há inconsistência lógica envolvida, quando Deus, apesar de totalmente bom, cria um mundo de criaturas livres que optaram por fazer o mal.


Fyodor Dostoevsky escreveu em Os Irmãos Karamazov:

"Eu acredito que como uma criança no qual o sofrimento há de ser curado e compensado, que todo o absurdo humilhante de contradições humanas vão desaparecer como uma miragem lamentável​​, como a fabricação desprezível da mente impotente e infinitamente pequena e euclidiana do homem, que no final do mundo, no momento da harmonia eterna, algo tão precioso acontecerá que será suficiente para todos os corações, para o conforto de todos os ressentimentos, para a expiação de todos os crimes da humanidade, de todo o sangue que D'ele foi derramado; que Ele fará isso não só porque é possível perdoar, mas para justificar tudo o que aconteceu. "


- Cortesia de: Whatis Media -

domingo, 4 de setembro de 2011

Viciados em Mediocridade (Franky Schaeffer)


   Este livro de título provocativo apresenta os pensamentos de Frank Schaeffer, filho do renomado teólogo Francis Schaeffer, a respeito da arte conteporânea cristã, no qual enfrenta um período maciço de timidez expressiva diante de um cenário de sofisticação cultural.

   No livro, Frank demonstra como os cristãos sacrificaram sua posição artística proeminente, desfrutada por séculos, por uma produção medíocre. As evidências deste triste estado das coisas estão em abundância por aí e vão desde canecas, camisetas, adesivos para carros que usam o nome de Deus como um slogan de marketing, colocando o Criador do Universo no mesmo nível de um refrigerante. Schaeffer afirma que "sempre que cristãos, evangélicos em particular, tentaram ‘alcançar o mundo' por meio da mídia - TV, filmes, propaganda etc - o público que pensa tem a idéia de que, assim como a sopa de um restaurante ruim, o cérebro dos cristãos ficaria melhor se não fosse mexido".


    Mas a situação pode mudar e Schaeffer mostra como pessoas engajadas em um Cristianismo consciente podem se desviar desse caminho da mediocridade, demandando excelência nas artes e na mídia e, em todas as áreas das suas vidas.


    Autor best-seller da lista no New York Times, segundo Schaeffer, os cristãos abandonaram sua posição proeminente na sociedade no momento em que passaram a encarar a criatividade de forma utilitária, ou seja, com o único objetivo de 'levar almas a Cristo'. Schaeffer aborda, nessa obra, sinais de como a mediocridade invadiu as artes produzidas pelos cristãos e as razões para isto. Sugere, ainda, um caminho para que os artistas não se sintam perseguidos pelos líderes religiosos que desejam explorar seus dons e talentos em nome da religião. O livro está organizado em duas partes, sendo a segunda uma espécie de questões orientadoras para grupos de estudo.


"Embora escrito na década de 80, a mensagem do livro permanece atual e é especialmente bem-vinda ao Brasil. Enquanto desperdiçamos pelo menos duas décadas esgrimindo para usar bateria nos templos, a fila andou no mundo. E bastante. Claro que sempre existiram vozes dissonantes por aqui. Algumas se levantaram para insurgir contra hinos americanos enlatados. Não sei se o queixume adiantou, mas há quem esteja supersatisfeito com as novidades no cardápio, do tipo canções em versão light... made in Austrália. Como cantava o Cazuza, 'um museu de grandes novidades'. Não apenas o futuro repete o passado... somos todos repetentes no supletivo da inovação". - Sérgio Pavarini, no prefácio da edição em português.

    De modo simplificado, a literatura desta obra afirma que todo o legado deixado pelos cristãos de insentivo à expressão intelectual e cultural da igreja primitiva contra a imposição social de classes repressoras, foi abandonado para o puritanismo policiado pela censura congregacional, contra o risco de violação dos fundamentos relacionais da cristandade. Em contra partida, a máquina pró-ativa da revelação de uma vida nova em Cristo para o mundo secular foi assim também substituído por mecanismos de segurança, visando o conformismo social perante os aspectos evangelísticos convencionais de instituições religiosas.    

"Os cristãos deveriam ser pessoas quem aplicam de maneira explícita aquilo em que crêem, de tal modo que isso os liberte para que verdadeiramente identifiquem determinados valores dados por Deus. Se a premissa vale para a natureza e para os objetos, muito mais para seres humanos e seus talentos criativos. Certas coisas não necessitam de justificativas espirituais ou teológicas. Elas são o que são - Deus as fez.

Como cristãos, somos filhos de Deus, não ideologistas de mente estreita, medindo tudo dentro de uma estrutura ideológica secular. Tampouco devemos nos escravizar à propaganda teológica cristã e à espiritualização de toda a realidade.

[...]

O que pode ser feito? Primeiramente, os cristãos devem se libertar da noção equivocada de que tudo deve ser medido em termos de sua utilidade à causa do cristianismo."

Viciados em Mediocridade - Frank Schaeffer, ed. W4.
    Para os interessados em leituras de levantamento crítico, trata-se de uma fonte reveladora sobre parâmetros essenciais construídos no intuito de reformulação de fundamentos e conceitos, acumulados ao longo dos séculos para a retórica cristã e sobretudo, uma profecia sobre o pragmatismo moderno no qual as comunidades e instituições passam e consequentemente, perecem nas últimas décadas por algo concreto e significativo ao nível revolucionário do evangelho. 

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Ciência x Religião: A Batalha Inevitável? Examinando a Teoria do Conflito

 

  Por John Oleksiuk e Gary Carr

  Você tem a noção popular de que a ciência e a religião estão em constante conflito, como dois pugilistas rivais disputando o título de campeão de peso pesado?

  Lembramos sobre a oposição da Igreja Católica ao Galileo, o julgamento de Scopes e mais recentemente, o debate evolução criação ou discussões em torno da investigação de células-tronco.

  Isso é chamado A Tese de Conflito e sustenta que a religião e a ciência estiveram e sempre estarão em conflito ao longo da história e se tornou popular no final dos anos de 1800 por John William Draper e Andrew Dickson  White.

   No entanto, hoje grande parte do reconhecimento de que a Tese de Conflito foi a primeira embasada é considerado impreciso. Um exemplo é a afirmação de que as pessoas da Idade Média acreditavam que a Terra era plana. Essa idéia ainda é muito comum na cultura popular. Mas essa afirmação é equivocada, como os historiadores sabem hoje "não havia quase um erudito cristão da Idade Média que não reconhecesse que a Terra era uma esfera e até mesmo sabiam de sua circunferência aproximada".

   Quanto ao modelo em si, a pesquisa histórica indica que a religião tem uma relação muito mais complexa e estreita com a ciência do que a Tese de Conflito reconhece.
Historiadores hoje sabem que muitos avanços científicos, tais como as leis de Kepler foram explicitamente dirigidas por idéias religiosas e de organizações.

   Contudo, uma razão para o recurso atual da Tese de Conflito é a existência de debates em evidência que parecem seguir um padrão de religião versos ciência ou religião versos o que alguns afirmam ser o progresso social, onde este suposto progresso está ligado de alguma forma com a ciência ou tecnologia. Mas é esperado que ao passar do tempo, seja tal desinformação,  pois a despeito de tal polaridade, tanto a ciência como a religião têm partes importantes a desempenhar no nosso mundo. A ciência nos diz como o mundo funciona e religião nos diz o porquê.