Verbalize-se!

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quinta-feira, 19 de julho de 2012

O Relacionamento do Homem com o Espírito Santo




"Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte." Romanos 8:1,2

     A maior descoberta e maior trunfo na vida de um cristão é o conhecimento de uma nova vida: Uma vida espiritual.


     Através dela desenvolvemos a nossa capacidade de discernir os valores físicos perecíveis dos valores efetivos, realizados pelos propósitos de Deus em nossa existência, por meio de nossa capacidade de criar, desenvolver idéias que nos traz a verdadeira percepção de um relacionamento concreto com o Criador.


     Sem essa espiritualidade, o ser humano permanece cativo aos fundamentos de espaço, matéria e tempo, do qual restringe à atuação do princípio de que a natureza material se encontra no contínuo processo de desapropriação daquilo que podemos ver ou sentir, do qual é irreversível de acordo com a expansão do universo.


     É como se optássemos em  nos deslocar por meio de cadeiras de rodas e não tivéssemos conhecimento de nossas pernas por um longo tempo e de repente, quiséssemos levantar da cadeira  porém não conseguindo mais andar. Essa seria uma definição comparativa da ausência de espiritualidade, pois a falta de nos alimentarmos do espírito por meio da meditação dessas idéias, em forma das palavras anunciadas por Deus e a ação mediante à essas verdades, nos conduzem a perecer pela eternidade, assim que déssemos conta da ausência de nosso corpo.

     A espiritualidade não está relacionada ao transcedentalismo oriental, nem de propostas para a alma do homem, pois é algo que não se trata da mesma coisa: a alma é o pleno consumo do individuo por meio de nosso corpo, o espírito é o pleno consumo do ser por meio do nosso entendimento e consciência. Dessa forma animais não possuem o espírito concebido ao homem, dotado de imagem e semelhança.

     Assim podemos dizer que somos cohabitantes do Espírito Santo de Deus que mantém o nosso espírito em afinidade com o Criador diante do mundo real.


  Os gemidos inexprimíveis do Espírito Santo:

"Apesar de vivermos em sintonia com o Espírito, isso não nos livra dos sofrimentos inerentes à vida. Entretanto o cristão deve saber que um futuro glorioso o aguarda.

   "Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora. E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo". Romanos 8:22,23

     Na vida o crente, deve-se saber esperar pelo glorioso futuro pacientemente (8:24,25). Mas você não estará sozinho. Se a espera for difícil, lembre que "o Espírito ajuda nas nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos." (Ro. 8:26-27).







      Ás vezes, quando o sofrimento é grande e profundo, as palavras não conseguem corretamente exprimi-lo. Mas isso não é motivo de preocupação pois o Espírito intercede por nós (Ro 8.26).

      Contudo, o nosso relacionamento com o Espírito Santo de Deus não está necessariamente inerente a um suposto revestimento de autoridade extra, atribuído aos que costumam praticar ou testificar fenômenos sobrenaturais por parte dele, pois apesar de sermos sujeitos à experiências diversas e adversas com o plano espiritual, nem sempre tal premissa possui uma legítima ligação com o Espírito Santo propriamente dito.


      Durante o fenômeno do dia pentecostes que marcava os 50 dias após a celebração da Páscoa, descrito na Bíblia em Atos 2:1-4, os judeus dispersos ao longo do tempo, oriundos de várias nações, tiveram a experiência singular de receber a capacidade de falar em línguas estrangeiras, como poder sobrenatural de Deus. Tal fenômeno foi responsável por selar uma união espiritual jamais vista, após o incidente da Torre de Babel atribuído aos descendentes de Noé, descrito em Gênesis 11:1-9, gerando a divisão do povo por meio da variedade de línguas terrenas. Esse acontecimento entretanto, não está obrigatoriamente ligado com a profecia dos dons espirituais, mencionado em 1 Coríntios 12:4-11.


"Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. Há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; A outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; A outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas.Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer ". 1 Coríntios 12:4-11


    Partindo como referência o tal versículo, tal premissa não se trata do fenômeno conferido em Atos 2 e sim na diversidade de dons concebidos por Deus, no intuito de aplicar tais virtudes em nossa santidade instrutiva, em espírito de comunhão com o SENHOR, em ocasiões determinadas, independente do contexto paranormal ou prodigioso que ele possa ser aplicado ou interpretado.


     Ainda que alguns dos dons conferidos por Deus, muitas vezes sejam distintos dos padrões normais de uma sociedade secular, muitas dessas manifestações referidas como experiências miraculosas e de extremo efeito foram condenadas por Paulo à igreja de Corinto, descrito em  pelo seu excessivo vigor contextual e restrito, gerando dispersões e divisões no corpo congregacional. Além disso testificou-se ali, contendas e incoerência com os rituais normalmente reverenciados por todos os membros da igreja. Tais prática eram sujeitas ao uso da glossolalia (ciência psiquiátrica que estuda o expressar-se em uma língua por ele desconhecida e demais comportamentos relacionados) em um contingente de pessoas que buscavam um aprimoramento interespiritual alheio à suas eventualidades. Tal procedência na prática da glossolalia, ou seja a pronúncia de sons vocálicos ininteligíveis, como ligação espiritual particular, vai  muito além da comunhão com o Espírito Santo  e abrange  muitas outras religiões presentes ao longo da história (budismo, hinduísmo, islamismo, etc.) e estão presentes em diversos rituais e seitas afins.




  “Irmãos, não sejais meninos no entendimento, mas sede meninos na malícia, e adultos no entendimento.Está escrito na lei: Por gente de outras línguas, e por outros lábios, falarei a este povo; e ainda assim me não ouvirão, diz o Senhor.De sorte que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis; e a profecia não é sinal para os infiéis, mas para os fiéis. Se, pois, toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos ou infiéis, não dirão porventura que estais loucos?”
1 Coríntios 14:20-23


    “Se alguém falar em língua, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e cada um por sua vez, e haja um que interprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus. Falem os profetas, dois ou três, e os outros julguem. Mas se a outro, que estiver sentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro. Porque todos podereis profetizar, cada um por sua vez; para que todos aprendam e todos sejam consolados; pois os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas; porque Deus não é Deus de confusão, mas sim de paz. Como em todas as igrejas dos santos”
1 Coríntios 14:27-33


       Leia-se que os dons espirituais indiferentes de línguas ou profecias devem ser algo restrito às tais condições citadas nos versículos, aplicando-se a todos os participantes de um corpo congregacional e não de um grupo exclusivo e de um contexto específico.




      Sinais de uma vida com o Espírito Santo:

       Viver com Deus é viver com o Espírito em sintonia com a sua vontade, dirigindo, testificando o que agrada a Deus ou não. No mais, a vida pode ter momentos de dores e tristeza, mas confiando na vitória sobre as dificuldades, ainda que demore, Deus é fiel e nunca nos desamparará  (Revista Atitude Aluno, Maio 2010)


       Apesar da grande diversidade que o Espírito Santo de Deus nos proporciona ao relacionarmos com Ele, existem indicadores comuns e cotidianos que evidenciam uma vida de plena aliança com o mesmo ou não.


        Quando se tem uma vida cheia do Espírito:


·         O Fruto do Espírito faz parte de nosso comportamento (Gálatas 5:22-2);

·         O nosso relacionamento com o Espírito Santo é íntimo, revelando desejos de nosso coração segundo aquilo que está proposto a todos nas Escrituras e repercute em nossa comunhão e amor com os demais, sem restrições e dissoluções (1 Coríntios 13:1-3);

·         Os Dons do Espírito se manifestam diante de nós em obediência, como característica de nosso relacionamento com Deus e sobretudo pelo nosso conhecimento bíblico (1 Corintios 12 );

·         Há uma busca contínua de discernimento, levando-nos a instrução e distinção das coisas que não estão fundamentadas na palavra (2 Timóteo 3:16,17);

·         O cristão está sujeito e submisso não só à autoridade de Deus, mas aos líderes e pastores que compõe a sua congregação, e aos líderes de seu estabelecimento dos quais o próprio Deus concedeu autoridade (Tito 3:1,  Atos 20:28-31; 1 Coríntios 14:29; 1 Timóteo 4:1-6, 1 Tessalonicenses 5:12).


Quando não se tem uma vida cheia do Espírito:

·         Adota-se uma relação de amor e ódio pelo evangelho, por Deus e pelo estilo de vida em santidade (João 15:19, Efésios 4:25-32);

·          Há sempre uma insegurança da salvação e do seu chamado sem ao menos tomar uma postura diante do que Deus oferece. Diante disso, busca revelações de caráter extrabíblicos ou suplementares que garantam confirmações que vão além da razão pessoal (1João4:6, Salmos 32:2);    

·         Adorna-se a uma autoridade espiritual a um nível acima dos demais na igreja, revestindo-se de poderes sobrenaturais de profecias e revelações restritas a um grupo seleto e exclusivista de conveniência social. (Ezequiel 13:3, Marcos 13:22, 1Coríntios 14:20-23, Deuteronômio 18:9-12);

·         Pessoas são facilmente influenciadas por um grupo religioso onde se deseja inclusão e reconhecimento dos demais (Salmos 1:1, Lucas 21:8, Mateus 24:23);

·         Encontra-se constantemente em rebelião com a política da igreja, violando conceitos relacionados a uma ordem comum a práticas de comportamento e conduta (Deuteronômios 17:3, 1Samuel 15:23) ;

·         Não se aceita um crescimento pessoal gradual, violando etapas no seu processo de maturidade, aceitando qualquer pretexto externo de capacitação e orientação, a partir daquilo que lhe parece mais razoável ou atrativo.(Eclesiastes 3:1-9, Filipenses 2:3, 1Coríntios 3:1-7, Provérbios 18:2).

        Portanto irmãos em Cristo, devemos nos conscientizar que nossa vida espiritual vai muito além do ritual de socialização na igreja e estar em contínua atualização das atividades ligadas ao que uma comunidade pode oferecer a despeito dos seus recursos e formas de aproximação do contigente congregacional. Abrange muito mais do que introduzir-se ao meio de aceitação, mas desenvolver tal contexto espiritual em nosso cotidiano, para alcançar a real realização de uma vida de abundância. Tal espiritualidade deve ser capaz de integrar-se ao corpo de Cristo, independente da forma que Ele se manifesta em nossa casa, em nosso ócio ou ambiente social.


   Christiano Lins

terça-feira, 3 de julho de 2012

O Livro de Josué





     Josué era chamado originalmente de Oséias (Nm 13.8; Dt 32.44), entretanto, seu nome fora mudado por Moisés em Cades (Nm 13.16). Oséias significa “salvação”, todavia, seguindo a prática hebreia e semítica de mudar o nome a fim de ratificar a mudança de posição ou destino, Moisés, influenciado pelo Espírito de Deus, muda o nome do primogênito da tribo de Efraim para Yehōshuāh. Com a mudança do nome, altera-se também a função e a responsabilidade do indivíduo diante do Senhor e do povo israelita.
     O Livro de Josué descreve a conquista e a divisão da terra de Canaã, tendo como background as características corruptas e brutais da religião canaanita, claramente retratada nos tabletes de Ras Shamra . Prostituição de ambos os sexos, sacrifícios de crianças e sincretismo religioso eram alguns dos pecados em função dos quais Deus ordenou aos israelitas a destruição completa dos habitantes de Canaã.

     A história contida revela a fidelidade do Senhor como Deus da Aliança (Js 1.2,6), pois cumpriu o segundo aspecto da aliança abraâmica: a ocupação da terra de Canaã.



      Cristo Revelado
      Cristo é revelado no Livro de Josué de três maneiras; por revelação direta, por modelos e por aspectos iluminantes de sua natureza.
Em Js 5.13-15, o Deus Triuno apareceu a Josué como o “príncipe do exercito do SENHOR”. Através de sua aparição, Josué teve certeza de que o próprio Deus era o responsável. Era tarefa de Josué, bem como nossa, seguir os planos do príncipe, além de conhecer o príncipe. Um modelo é um símbolo, uma lição objetiva. Pode-se encontrar tipos em uma pessoa, em um ritual religioso e mesmo em um acontecimento histórico. O próprio Josué era um modelo de Cristo. Seu nome, que significa ”Jeová é Salvação”, é um equivalente hebraico do grego “Jesus”. Josué guiou os israelitas até a possessão de sua herança prometida, bem como Cristo nos leva à possessão da vida eterna. O cordão de fio de escarlata na janela de Raabe (Js 2.18,21) ilustra a obra de redenção de Cristo na cruz. 
O pano cor de sangue pendurado na janela salvou Raabe e sua família da morte. Assim, Cristo também derramou seu sangue e foi pendurado na cruz para nos salvar da morte.

      Um dos aspectos da natureza de Cristo revelada em Josué é o da promessa cumprida. No final de sua vida, Josué testemunhou: “nem uma só promessa caiu de todas as boas palavras que falou de vós o SENHOR, vosso Deus” (Js 23.14). Deus, em sua graça e fidelidade, sustentou e preservou seu povo tirando-os do deserto e levando-o à Terra Prometida. Ele fará o mesmo por nós através de Cristo, que é a Promessa.

       Batalhas lideradas por Josué
      ·         A Batalha de Jericó

·         A Batalha de Ai e Betel
      ·         A Batalha de Gibeão

·         Maquedá
      ·         A Conquista das Cidades do Sul (Libna, Laquis, Eglom, Hebrom, Debir, Neguebe, Sefelá)
      ·         A Conquista das Cidades do Norte (Hazor, Madom, Sinrom, Acsafe, Arabá, Sefelá, Nafote-Dor, Baal-Gaade).


Planta batizada de "Árvore de Josué" por apresentar galhos elevados ao céu,
como braços estendidos em direção a Deus


      O Espírito Santo em Ação
      Uma tendência constante da obra do ES flui através do Livro de Js. Inicialmente, sua presença surge em 1.5, quando Deus conhecendo a esmagadora tarefa de comandar a nação de Israel, forneceu a Josué a promessa de seu Espírito sempre presente.

       O trabalho do Espírito Santo era o mesmo antes de agora: ele atrai as pessoas a um relacionamento de salvação com Cristo e realiza os propósitos do Pai. Seu objetivo em Josué, bem como no AT, era a salvação de Israel, pois, foi através dessa nação que Deus escolheu salvar o mundo (Is 63.7-9)
       Várias características sobre a maneira como o Espírito opera podem ser vistas em Josué. A obra do Espírito Santo é contínua: “Não te deixarei nem te desampararei” (Js1.5). O Espírito Santo está comprometido a realizar a tarefa, independentemente de quanto tempo demore. Sua presença contínua é necessária para o sucesso do plano de Deus na vida dos homens. A obra do Espírito Santo é mútua: “Tão somente sê forte e mui corajoso para teres cuidado de fazer segundo toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem-sucedido por onde quer que andares” (Js1.7). Foi dito: “Sem ele, não podemos; sem nos ele não quer”. A cooperação com o Espírito Santo é essencial à vitória. Ele nos habilita a cumprir nosso chamado e a completar a tarefa ao nosso alcance. A obra do Espírito Santo é sobrenatural. A queda de Jericó foi obtida mediante a destruição milagrosa de seus muros (Js 6.20). A vitória foi alcançada em Gibeão, quando o Espírito deteve o sol (Js 10.12,13). Nenhuma obra de Deus, seja a libertação da servidão ou possessão da bênção, é realizada sem ajuda do Espírito.
      A Despedida e Morte de Josué
      Passado muito tempo depois que o SENHOR concedeu descanso a Israel de seus inimigos, Josué, com idade avançada convoca líderes, juízes e oficiais das promessas cumpridas por Deus mediante ao povo (Js 24:14,15). Reuniu também todas as tribos em Siquém (Js 24). Quando Josué tinha cento e um anos de idade, morreu e foi sepultado na terra que tinha recebido por herança em Timnate-Sera, nos montes de Efrain, ao norte de Gaás. Israel serviu ao SENHOR durante toda vida de Josué e dos líderes que lhe sobreviveram e que sabiam de tudo o que o SENHOR fizera em favor de Israel.


      BIBLIOGRAFIA:


·         http://www.vivos.com.br/91.htm

·         Lucado, Max/ Frazee, Randy. A História. Editora Sextante.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Os Benefícios de Se Planejar Filhos




“E criou Deus o homem à sua imagem: à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra”. Gênesis 1:27-28


  Entende-se planejamento familiar como o conjunto de ações de regulação da fecundidade que garanta direitos iguais de constituição, limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal. (LEI Nº 9.263, DE 12 DE JANEIRO DE 1996. CAPÍTULO I DO - PLANEJAMENTO FAMILIAR Artigo 2º)


Constituição da República Federativa do Brasil, parágrafo 7º do artigo 226 cita que "fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal...(sendo) vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas". (ou seja, o planejamento familiar não é obrigatório, é opcional a cada casal, devendo o mesmo decidir pelo fazer ou deixar de fazer.)



     A família é uma benção institucionalizada por Deus, com o intuito de agregar os valores de toda uma vida aos seus descendentes, promovendo a multiplicação da criação de Deus perante a natureza. É um dom inerente a todos os seres vivos, porém a constituição de laços familiares é algo especialmente proferido a humanidade. Somos assim diretamente responsáveis pelo zelo para com o meio em que vivemos e o bom uso de seus recursos. (conceito de Mordomia). (Gn 1:28-30).

    Deste modo, Deus possui todo o interesse em que o homem seja fecundo, proporcionando filhos provenientes da união matrimonial entre duas pessoas de sexos opostos (Mateus 19: 4-6; Isaías 54:5). Contudo, a reprodução requer princípios fundamentais, aliados a um princípio maior em se prolongar valores fundamentados à sua criatura por meio de gerações, sujeitando-se a um padrão de responsabilidade específica os seus descendentes. (1Cronicas 16:11-15). Desta forma, o SENHOR está disposto a atribuir desejos a mulher de se ter filhos, perpetuando assim, a graça e o valor da vida. Vemos assim a história de Sara e seu marido Abraão (Gn 15:2-5; Gn 17:3 22), de Raquel ( Gn30:1, 30:22,23), Ana (1Sm 1: 7,10,11,20) e por fim, Isabel, esposa de Zacarias ( Lc1:14, Mt 18:2-4, Lc 18:15-17).



 
   O fundamento de preservação da vida é de tal importância que se sobrepõe a qualquer lei vigente contra o nascimento de crianças, segundo os princípios do SENHOR. As parteiras hebréias, quando deveriam se sujeitar à ordem de matar filhos homens por meio do Faraó (provavelmente Ramsés II), mentiram perante a ele, poupando a vida das crianças inocentes.(Êxodo 1:15-21).

   Era de grande relevância para os judeus, o cuidado em se manter a sua linhagem, para que a premissa de Deus para os hebreus fossem multiplicadas e continuamente mantidas por seus descendentes. (Genesis 38:1-11)  


    Ainda que a importância de ter filhos seja de grande valia e orgulho como é pra etnia judaica, a concretização de tal fenômeno deve ser condicionada aos desígnios de Deus na vida de alguém, efetuando assim a sua vontade perante suas prioridades dedicadas a um propósito específico. Portanto, ninguém deve se valer da ansiedade e da conduta precipitada diante de seu próprio destino. (Filipenses 4:6; Genesis 1:1-12)  

Portanto, os benefícios de se criar filhos, deve-se partir do exercício de união afetiva matrimonial entre duas pessoas, dispostas a viverem numa só carne. Apesar de Salomão ter tido 700 mulheres e 300 concubinas, Deus nunca ordenou a poligamia - como o divórcio, ele somente a permitiu por causa da dureza do coração do homem (Dt 24:1; Mt 19:8). Todo praticante da poligamia na Bíblia, incluindo Davi e Salomão (1 Crônicas 14:3), pagou um alto preço por seu pecado.(1Rs 11:1-14).


   O exemplo de Salomão nos mostra que a obediência e a total submissão ao SENHOR por meio do amor a Ele e não pela paixão momentânea se sobrepõe a toda sabedoria edificada a um homem. Tal obediência nos toma a lição de que a partir do momento que nos sujeitamos aos desígnios de Deus, estamos também contribuindo pela frutificação de sua obra através de nós. (1Pedro 1:13-16).

  Com isso, concluímos que o cristão deve munir de um planejamento familiar a partir dos seguintes princípios:

Estar submetido aos contínuos desígnios de Deus. (Efésios 6:1)
  • Estar capacitado e disposto a manter prioridades na vida. (1Corintios 13:11-13)
  • Desenvolver a prática do bem e do bom-senso. (1Ts 5:21)
  • Dedicar a sua vida e amor pelo próximo. (João 15:9-12)

domingo, 15 de janeiro de 2012

MMA (UFC): A Evolução da Debilmentalidade Humana


  
  “Não tenhas inveja do homem violento, nem escolhas nenhum de seus caminhos.” Provérbios 3:31

     Já fazia algum tempo em que tenho sondado levantar uma opinião pessoal sobre esse tipo de conceito de entretenimento. Elevado à categoria de esporte, o nosso país o anda supervalorizando devido a uma safra considerável de praticantes tupiniquins quem vem contribuindo por uma projeção internacional de nossos novos costumes e apadrinhamentos culturais, destacando a relevância de nossos compatriotas nesse tipo de competição, antes nem tão prestigiada pelo público em massa. Todavia esse tipo de conceito, encontra-se em constante crescimento e popularidade, assim como todo e qualquer evento que apazigua a nossa baixo-estima cultural, transformando-o em algo de grande importância quando se ganha uma boa projeção lá fora. 

     Por meio da mídia, o MMA (Mixed Martial Arts), promovido pelo UFC (Ulimate Fight Championship) traduz na principal febre "esportiva" dos jovens brasileiros da atualidade, equiparado a nossa tradicional pelada de fim de semana e a fidelidade religiosa aos clubes futebolísticos dos campeonatos nacionais e estaduais. O baque da pancada sensacionalista é tão forte que um dos maiores ícones da própria mídia esportiva, o intragável locutor Galvão Bueno foi convocado para transmitir da melhor forma o âmago da emoção televisiva a cada golpe proferido nos oponentes gringos, mostrando o que o nosso país tem de melhor, movido pelo nosso ímpeto violento originado pela violência urbana, ira diante da corrupção política organizada e debilidade instrutiva oriunda de nossa educação pública precária.

     De acordo com os organizadores e praticantes dessa luta desportiva, cada lutador é bem treinado, gerando todas as condições técnicas para um confronto direto, uma espécie de pancadaria de alto nível, porém tudo de forma profissional. Socos, pontapés e golpes duros no adversário, até mesmo caído sob mínimas condições de defesa são legais nesse tipo de evento, para o delírio massivo dos expectadores ávidos por um triunfo da nação regada agora de "Samba, Futebol & Porrada"!  Entende-se que nesse novo tipo de paixão nacional, o expectador vislumbra um modelo bem idealizado e claro de um herói das lutas marciais, aliado a animosidade do lutador impetuoso e impositor do clássico Boxing do qual estamos acostumados a ignorar em nossa superioridade intelectual de classe média. O que não se esperava era que esse meio de diversão psico-instintiva, tomasse uma proporção tão grande, a ponto de ditar um novo padrão de saúde física e exemplo de superação de limites, camuflados pela nossa bestialidade humana. Tanto que o mais famoso e vitorioso campeão dessa categoria, o paulistano Anderson Silva, residindo atualmente em Las Vegas, demonstra toda sua habilidade em suas joelhadas fatais, misturados a uma ternura e sensibilidade de um "sensei metrosexual".

   Pelo menos, não sou o único a simular militância contra essa forma de passatempo pré-industrializado, pois além de alguns gatos pingados que se opõem, recentemente o jornalista e apresentador também intragável, Milton Neves, expôs sua indignação perante esse fenômeno de marketing. "Essa b... de UFC é uma tortura oficializada via-satélite para o mundo inteiro. Esporte, p... nenhuma! é briga de galo e pinto!", "Chamar UFC de esporte é chamar Saddam Hussein e o Kaddafi de amantes inveterados da democracia.", declara no Twitter. Aproveitando assim tais declarações fodásticas deste ícone da comunicação trash, o Pânico na TV, como sempre, resolvem pregar uma peça no apresentador, o intimidando perante a figura do lutador Minotouro, de forma a fazê-lo vomitar todas as supostas provocações dessa figura pública antiquada e turrona, para a diversão do público aficionado pelo MMA e derivados.



   Não sou contra o uso das artes marciais, quando usado no intuito da instrução pessoal e  direcionamento a um equilíbrio emocional, assim como um bom condicionamento físico. Isso são coisas fundamentais e de boa complementação para um indivíduo, através de uma experiência de boas práticas de crescimento, assim como é utilizado na educação tradicional oriental. Contudo, eu, acostumado com o padrão moral do Sr Miyagi do filme Karatê Kid durante a minha infância e pré-adolescência, não consigo absorver esse tipo de idéia do qual é injetado na mente dos jovens recém-introduzidos na sociedade de que quanto maior é a violência explícita nos ringes-tatames, sujeito a cenas sanguinárias de moral física, melhor. Alguns profissionais chegam a dizer que é um mercado no qual gera um bom negócio, empregos dos mais variados para dar suporte aos eventos, um público bem estimado, além de ser um esporte tão tecnicamente preparado que os lutadores não chegam a ter "contusões", como acontece no futebol, comprometendo a carreira dos mesmos. Foi bom salientar tal idéia, lembrando que agora, pelo menos somos mais sinceros e diretos com o nosso apelo do esporte para sanar as nossas frustrações, antes correndo atrás de uma bola no pé, como dizia os leigos entediados, agora por meio de punhos cerrados em direção ao inimigo de nossos sonhos e desejos da vida real. Engraçado é ter acesso a uma afirmação dessas, sabendo que nossos novos mitos do esporte nunca vão se contundir (Nossa, ainda-bem!!), por mais que seus rostos criem deformidades e fiquem desformes ao longo da carreira... E saber que estamos evoluindo com a geração de novos empregos, antes aquecidos pelo tráfico de drogas, gerenciados pela imprensa e o governo nacional.

Lutas nas arenas romanas em repressão aos cristãos primitivos
    
     Quem sabe nossos trombadinhas de hoje possam virar futuros gladiadores do século 21, abandonando a marginalidade e convivendo com os filhinhos-de-papai e as patricinhas "maria-tatame", de forma harmoniosa diante de igualdades e direitos autorais justos? Ou pode ser que se amenize a violência urbana cotidiana, transformando-a em mera diversão televisiva e saudável a gosto de muitos. Talvez seja melhor pra nós que tudo isso corresponda a novas perspectivas de qualidade de vida e econômica, ao exemplo dos antigos gladiadores romanos que se utilizavam de estrangeiros e bárbaros para degladiarem contra si, demonstrando a hegemonia e prosperidade de seu império, oprimindo cristãos que se negavam a aceitar suas represálias para destituir-se da fé em Jesus Cristo... Como os norte-americanos e o seus conceitos apelativos de entretenimento em massa, gastando fortunas em merchandising, promoções e corporativismo esportivo... Assim estamos cada vez mais alcançando o nível deles. Quem sabe o Brasil não vira uma superpotência?!

Figura postada no Blog de Milton Neves

"Parece uma utopia não acha? A melhor hipocrisia, pois cooperam com os comportamentos mais sórdidos do ser humano, deteriorando uma sociedade cada vez mais afastada de Deus e os valores morais. Como nos tempos de Roma é mais um enlatado para fazer você deixar de pensar e revindicar, agir e legislar sobre o que a elite faz com seu dinheiro entregue em impostos. Não, você não poderá falar ou pensar sobre isto, pois está muito ocupado olhando o UFC ou aquela imperdível partida de futebol que passará na televisão hoje, e assuntos envolvendo a sua vida e sociedade podem ficar para depois. E como nos primórdios, a politica do ''Pão e Circo'' vai se imortalizando sobre os séculos vindouros, dando alegria aos Imperialista nos seus polpudos tronos." (Blog Anti-Nova Ordem Mundial / Blog Ronaldo Sarmento).
  
 “Do fruto da boca o homem come o bem; mas o apetite dos prevaricadores alimenta-se da violência.” Provèrbios 13:2

 “Então Jesus lhe disse: Mete a tua espada no seu lugar; porque todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão.” Mateus 26:52

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O Cristão no Campo da Sexualidade


“E criou Deus o homem à sua imagem: à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” Gênesis 1:27

No princípio, Deus criou o homem e a mulher para o real usufruto do ser humano à vida, de modo que ambos pudessem interagir com a natureza harmoniosamente.

Como mecanismo de reprodução e preservação da espécie humana, Deus instituiu o sexo como um aspecto comum de sua criação, de tal forma que suas duas formas distintas pudessem constituir em um só conceito e modelo de configuração das espécies vivas, atuantes no mundo em que vivemos.


“Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne”. Gênesis 2:24

Desse modo, o vínculo mútuo entre nós com o Criador por meio de Adão e Eva foi selado pelo propósito primordial de nos manter ligados pela própria razão da existência. Assim, Deus os conduziu por uma direção em comum, formados a partir de um propósito soberano. Essa aliança tornou possível uma justa proporção entre o querer e o realizar do criador com sua própria criatura. Portanto a sexualidade é parte natural e integrante do ser vivo.

Adão e Eva foram os produtos iniciais desse elo do qual unia um ao outro, de modo que suas vidas se direcionavam através da atitude de um pelo outro. (Genesis 2:23)

Com o surgimento do pecado, o ser humano se tornou alvo de suas próprias concupiscências, porém ligados pelo elo da sexualidade, como forma de agregação aos valores de Deus perante os seus propósitos (Genesis 3:14-17; 1Corintios 7:3-5; Eclesiastes 9:9). Da mesma forma, as faculdades do homem foram afetadas pela transgressão, assim como o sexo e a sua estrutura físico-emocional e instinto sexual também foram alterados. (Romanos1:23-32).

Desde então o homem é movido pela sua incontinência aos princípios naturais, assimilando aquilo que mais lhe convém aos seus interesses restritamente pessoais e momentâneos, fazendo uso daquilo que é ilícito, antibíblico, antinatural, sub-humano e principalmente anti-cristão. Por isso, o sexo é a área mais visitada por Satanás e suscetível a iniqüidade ( Oséias 4:12; 5:4)

Por isso, os frutos do mal uso do sexo são:

Fornicação: Prática do sexo entre solteiros ou solteiros e casados por mero desejo. Tal prática vai contra o sentido natural da sexualidade, implicando a conseqüências, muitas vezes, drásticas (Ap 21:8; Gl 5:19; 1 Co6:18).

Adultéro: Relação sexual entre pessoas casadas que não são seus conjugues (Mt 5:27; Mc 10:9; Rm 13:9). Causa traição e desestruturação familiar (Pv5:1-5).

Prostituição: Violação do corpo, como barganha e interesses afins ilícitos, incluindo relações com prostitutas e também com pessoas que não possuem o interesse no matrimônio (Dt 23:17; Co 6:16; 1 Co 6:15-18).

Homossexualismo: Prática sexual entre pessoas do mesmo sexo. Trata-se de algo abominável e contraria a lei da própria sexualidade e geração da vida (Lv 20:13; Dt 23:17,18). Perversão sexual
a exemplo de Sodoma (Gn 19:5) e distancia o homem do Reino de Deus (1Co 6:9,10).

Masturbação: Simulação do sexo no âmbito em saciar o prazer carnal momentâneo. (Genesis 38:1-11)


O Sexo e a Vivência Cristã:

Em sua soberania, Deus fez questão de que o homem desse continuidade à espécie, indicando a clara e inequívoca diferenciação entre os sexos. A intimidade sexual, assim como o crescimento e a multiplicação da descendência, foram dadas exclusivamente aos casados. O matrimônio em si é o símbolo do elo entre a criação e o criador, permitindo o andamento e prospecção do seres humanos perante a vontade de Deus. A ausência desse conceito, acarreta sérios desvios idealizados por Deus, projetando assim o ser humano à suas próprias insatisfações e resoluções segundo seus paradigmas como ser consumidor.

Portanto, ante a lei divina e o curso natural das coisas dadas por Deus, a vida sexual, segundo a ética cristã deve ser:

Exclusiva (monogâmica) : Alheia a um só casal (Gn2:24; Pv 5:17)

Saudável: Usufruto propiciado pela intimidade matrimonial (Pv 5:18)

Santa: Alheio a prática refinada por um propósito claro e comum (1 Pe 4:15; 1 Co 6:19-20).

Natural: Relações sexuais devem ser fundamentadas por sua finalidade original (Ct 2;6; 8:3). O sexo é um ato de interatividade entre duas pessoas de sexos opostos, porém não constitui num objetivo final ao destino do ser humano. Pecados relacionados ao sexo, resultam em desestruturação psico-familiar, vícios descontrolados e sobretudo doenças sexualmente transmissíveis. Tais práticas são sujeitas a juízo (Hb 13:4).

“Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade”. Provérbios 5:18