Verbalize-se!

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quinta-feira, 23 de junho de 2011

A Paz Que Não Queremos



    Aproveitando o feriado internacional de Corpus Christi, acho que seria de boa relevância mencionar algo relacionado a fatores cruciais em que vivemos em nossos dias. Enfrentamos sérios dilemas morais ao passo da destruição do conceito do certo e errado em nosso cotididiano que ameaça seriamente nossa posição como cristãos.
    Em meio aos atributos e legados deixados por Jesus Cristo, de promover a paz deixada por ele antes de sua ascensão aos céus, narrada em João 16, a sua existência é uma das principais referências que envolvem os critérios de paz empenhadas pelo mundo ocidental religioso que se contrapõe ao cunho impetuoso de combate ao mundo pernicioso dos ocidentais, segundo os os preceitos islâmicos.
O suposto conflito armamentista no Oriente Médio, ao qual mobiliza os principais líderes mundiais e converge em possíveis expectativas de maiores intervenções a níveis políticos cada vez mais agravantes e que podem tomar de forma crescente o breve cenário dos tópicos atuariais de nossos dias.
     Tendo em foco tais preceitos desenvolvidos pelo nosso mundo capitalizado e engrenado pela satisfação pessoal, os vindouros desejos de pacifismo ao qual temos como demanda para o nosso futuro próximo, encontram-se minados não só pelo que há de vir, mas por tendências construídas pelo menos, ao longo dos últimos 50 anos. Após cessarem a longa jornada de independência de muitas nações, marcadas pela militância pacífica de Mahatma Gandhi nos anos 30 e 40 do século passado, esses modelos de pacifismo são adotados pelo mundo ocidental que supostamente não entendia de forma íntegra, as idéias deixadas pelo ativista indiano e foram absorvidos desde então. Esses âmbitos emergiram-se na constante militância pela paz anunciada segundo determinações de liberdade de expressão e manifesto cultural do anti-conformismo, iniciados em meados dos anos 50 e temperados nos anos 60 e 70 pelo movimento hippie.

"Símbolo da Paz" dos hippies nos anos 60 e adotados pelos que buscam 'paz'.
      Antes mesmo de tal explosão cultural massiva ser detonada, em 1958, o inglês Gerald Holtom (integrante da inteligência durante a Segunda Guerra Mundial) a partir da linguagem de bandeiras, por tratar-se de um código universal adotado em toda comunicação marítima, cria o símbolo do Desarmamento Nuclear. Tal movimento foi liderado pelo filósofo e anarquista Bertrand Russel que vincula o símbolo não só como militância ao desarmamento, mas como a uma nova ordem mundial idealizado ao parâmetro de uma vida de libertação contra a religião e a existência de Deus. Ateu convicto, Russell foi o autor do best seller Por Que Não Sou Cristão e mentor do suposto movimento fundamentado no final dos anos 60, fazendo uso do símbolo que querendo ou não, faria uma apologia à outros símbolos existentes como a Cruz de Nero e os expressos no Nazismo 15 anos antes.

Um dos símbolos adotados no Nazismo

         
A Cruz do Imperador Nero



         
     Para dar ênfase a tal conceito criado por Russell, o compositor inglês John Lennon empenhou-se a usar tais definições à juventude em meio as transformações sócio-culturais da cultura pop. Esse mesmo Lennon que defendia a paz entre os povos e a extinção não só das religiões por meio da música Imagine, mas da inexistência de Deus, compôs também a música natalina Happy Christmas (War is over) (...?)



    "Deus é um conceito pelo qual medimos nossa dor".
     (John Lennon na 1ª estrofe da música God )



 Assim da mesma forma, Lennon que condenava também a existência de um Criador, foi assassinado em 1980 por um fã incondicional que o idolatrava como um "deus".
    Por tais estigmas, a nossa cultura é fundamentada nesses ideais de paz, sintetizados pelo alicerce de âmago do egoísmo humano.

     "Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva;Porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite;Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobre-virá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão.Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão;Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas".
1 Tessalonicenses 5:1-5


     Pelos mesmos princípios, hoje somos inundados pela tempestade de violência da criminalidade e assassinatos pré-meditados por uma sociedade que optou pelo fundamento de suas próprias idéias e concepções pessoais de justiça e liberdade. O amor livre, a liberdade de expressão desregrada de uma camada social que beira seus interesses pessoais, se confundem com o conflito moral entre nós, gerando contendas e práticas de depreciação pelo próximo. Afinal de contas, se somos tão adeptos da ideologia Paz e Amor, por que não conseguimos alcançá-la?

"Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças são como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam". Isaias 64:6
 
 

    Hoje em nosso país, estamos presenciando a adequação de paz e liberdade dos cidadãos por meio desses alicerces que não possuem a consistência, para que esse desejo seja devidamente realizado. A união matrimonial gay distorce o conceito primordial de Deus que afirma que homem e mulher se juntarão e constituirão numa só carne, o princípio real do matriomônio. A Marcha para a Legalização da Maconha remete severamente a dissolução de parâmetros referentes a saúde e segurança nos quais o nosso país não possui estrutura para abrigar tal liberdade social. Igualmente, líderes religiosos se manifestam contra tais coisas de forma perniciosa e alheio às suas causas denominacionais de forma tão opressiva como válido a justificação de tais manifestações.
     Nunca haverá paz e ordem enquanto compactuarmos com a contínua transfiguração de nossos valores, acrescidos do nosso ímpeto desejo de limar aquilo que está de forma apologeticamente confirmado nas escrituras. Devemos nos apegar ao íntimo contato com Deus que nos orienta de modo preciso aos caminhos de santidade, até o fim de nossos dias, ao praticarmos a justiça íntegra por meio de seus ensinamentos. A igreja necessita de crescimento em unidade...precisamos nos desfazer da composição circense de nossos cultos, das metas de alcance de membros e preservar a sabedoria bíblica em nossas prioridades como congregação. Pessoas padecem de conhecimento e perecem sobre tais regras de fundamentos morais dentro de nosso próprio convívio. Sejamos pertinentes a tal realidade e saibamos nos concentrarmos na verdadeira e agradável vontade de Deus.