“E criou Deus o homem à sua imagem: à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra”. Gênesis 1:27-28
Entende-se planejamento familiar como o conjunto de ações de regulação da fecundidade que garanta direitos iguais de constituição, limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal. (LEI Nº 9.263, DE 12 DE JANEIRO DE 1996. CAPÍTULO I DO - PLANEJAMENTO FAMILIAR Artigo 2º)
Constituição da República Federativa do Brasil, parágrafo 7º do artigo 226 cita que "fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal...(sendo) vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas". (ou seja, o planejamento familiar não é obrigatório, é opcional a cada casal, devendo o mesmo decidir pelo fazer ou deixar de fazer.)
A família é uma benção institucionalizada por Deus, com o intuito de agregar os valores de toda uma vida aos seus descendentes, promovendo a multiplicação da criação de Deus perante a natureza. É um dom inerente a todos os seres vivos, porém a constituição de laços familiares é algo especialmente proferido a humanidade. Somos assim diretamente responsáveis pelo zelo para com o meio em que vivemos e o bom uso de seus recursos. (conceito de Mordomia). (Gn 1:28-30).
Deste modo, Deus possui todo o interesse em que o homem seja fecundo, proporcionando filhos provenientes da união matrimonial entre duas pessoas de sexos opostos (Mateus 19: 4-6; Isaías 54:5). Contudo, a reprodução requer princípios fundamentais, aliados a um princípio maior em se prolongar valores fundamentados à sua criatura por meio de gerações, sujeitando-se a um padrão de responsabilidade específica os seus descendentes. (1Cronicas 16:11-15). Desta forma, o SENHOR está disposto a atribuir desejos a mulher de se ter filhos, perpetuando assim, a graça e o valor da vida. Vemos assim a história de Sara e seu marido Abraão (Gn 15:2-5; Gn 17:3 22), de Raquel ( Gn30:1, 30:22,23), Ana (1Sm 1: 7,10,11,20) e por fim, Isabel, esposa de Zacarias ( Lc1:14, Mt 18:2-4, Lc 18:15-17).
O fundamento de preservação da vida é de tal importância que se sobrepõe a qualquer lei vigente contra o nascimento de crianças, segundo os princípios do SENHOR. As parteiras hebréias, quando deveriam se sujeitar à ordem de matar filhos homens por meio do Faraó (provavelmente Ramsés II), mentiram perante a ele, poupando a vida das crianças inocentes.(Êxodo 1:15-21).
Era de grande relevância para os judeus, o cuidado em se manter a sua linhagem, para que a premissa de Deus para os hebreus fossem multiplicadas e continuamente mantidas por seus descendentes. (Genesis 38:1-11)
Ainda que a importância de ter filhos seja de grande valia e orgulho como é pra etnia judaica, a concretização de tal fenômeno deve ser condicionada aos desígnios de Deus na vida de alguém, efetuando assim a sua vontade perante suas prioridades dedicadas a um propósito específico. Portanto, ninguém deve se valer da ansiedade e da conduta precipitada diante de seu próprio destino. (Filipenses 4:6; Genesis 1:1-12)
Portanto, os benefícios de se criar filhos, deve-se partir do exercício de união afetiva matrimonial entre duas pessoas, dispostas a viverem numa só carne. Apesar de Salomão ter tido 700 mulheres e 300 concubinas, Deus nunca ordenou a poligamia - como o divórcio, ele somente a permitiu por causa da dureza do coração do homem (Dt 24:1; Mt 19:8). Todo praticante da poligamia na Bíblia, incluindo Davi e Salomão (1 Crônicas 14:3), pagou um alto preço por seu pecado.(1Rs 11:1-14).
O exemplo de Salomão nos mostra que a obediência e a total submissão ao SENHOR por meio do amor a Ele e não pela paixão momentânea se sobrepõe a toda sabedoria edificada a um homem. Tal obediência nos toma a lição de que a partir do momento que nos sujeitamos aos desígnios de Deus, estamos também contribuindo pela frutificação de sua obra através de nós. (1Pedro 1:13-16).
Com isso, concluímos que o cristão deve munir de um planejamento familiar a partir dos seguintes princípios:
Estar submetido aos contínuos desígnios de Deus. (Efésios 6:1)
- Estar capacitado e disposto a manter prioridades na vida. (1Corintios 13:11-13)
- Desenvolver a prática do bem e do bom-senso. (1Ts 5:21)
- Dedicar a sua vida e amor pelo próximo. (João 15:9-12)
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