Verbalize-se!

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terça-feira, 3 de julho de 2012

O Livro de Josué





     Josué era chamado originalmente de Oséias (Nm 13.8; Dt 32.44), entretanto, seu nome fora mudado por Moisés em Cades (Nm 13.16). Oséias significa “salvação”, todavia, seguindo a prática hebreia e semítica de mudar o nome a fim de ratificar a mudança de posição ou destino, Moisés, influenciado pelo Espírito de Deus, muda o nome do primogênito da tribo de Efraim para Yehōshuāh. Com a mudança do nome, altera-se também a função e a responsabilidade do indivíduo diante do Senhor e do povo israelita.
     O Livro de Josué descreve a conquista e a divisão da terra de Canaã, tendo como background as características corruptas e brutais da religião canaanita, claramente retratada nos tabletes de Ras Shamra . Prostituição de ambos os sexos, sacrifícios de crianças e sincretismo religioso eram alguns dos pecados em função dos quais Deus ordenou aos israelitas a destruição completa dos habitantes de Canaã.

     A história contida revela a fidelidade do Senhor como Deus da Aliança (Js 1.2,6), pois cumpriu o segundo aspecto da aliança abraâmica: a ocupação da terra de Canaã.



      Cristo Revelado
      Cristo é revelado no Livro de Josué de três maneiras; por revelação direta, por modelos e por aspectos iluminantes de sua natureza.
Em Js 5.13-15, o Deus Triuno apareceu a Josué como o “príncipe do exercito do SENHOR”. Através de sua aparição, Josué teve certeza de que o próprio Deus era o responsável. Era tarefa de Josué, bem como nossa, seguir os planos do príncipe, além de conhecer o príncipe. Um modelo é um símbolo, uma lição objetiva. Pode-se encontrar tipos em uma pessoa, em um ritual religioso e mesmo em um acontecimento histórico. O próprio Josué era um modelo de Cristo. Seu nome, que significa ”Jeová é Salvação”, é um equivalente hebraico do grego “Jesus”. Josué guiou os israelitas até a possessão de sua herança prometida, bem como Cristo nos leva à possessão da vida eterna. O cordão de fio de escarlata na janela de Raabe (Js 2.18,21) ilustra a obra de redenção de Cristo na cruz. 
O pano cor de sangue pendurado na janela salvou Raabe e sua família da morte. Assim, Cristo também derramou seu sangue e foi pendurado na cruz para nos salvar da morte.

      Um dos aspectos da natureza de Cristo revelada em Josué é o da promessa cumprida. No final de sua vida, Josué testemunhou: “nem uma só promessa caiu de todas as boas palavras que falou de vós o SENHOR, vosso Deus” (Js 23.14). Deus, em sua graça e fidelidade, sustentou e preservou seu povo tirando-os do deserto e levando-o à Terra Prometida. Ele fará o mesmo por nós através de Cristo, que é a Promessa.

       Batalhas lideradas por Josué
      ·         A Batalha de Jericó

·         A Batalha de Ai e Betel
      ·         A Batalha de Gibeão

·         Maquedá
      ·         A Conquista das Cidades do Sul (Libna, Laquis, Eglom, Hebrom, Debir, Neguebe, Sefelá)
      ·         A Conquista das Cidades do Norte (Hazor, Madom, Sinrom, Acsafe, Arabá, Sefelá, Nafote-Dor, Baal-Gaade).


Planta batizada de "Árvore de Josué" por apresentar galhos elevados ao céu,
como braços estendidos em direção a Deus


      O Espírito Santo em Ação
      Uma tendência constante da obra do ES flui através do Livro de Js. Inicialmente, sua presença surge em 1.5, quando Deus conhecendo a esmagadora tarefa de comandar a nação de Israel, forneceu a Josué a promessa de seu Espírito sempre presente.

       O trabalho do Espírito Santo era o mesmo antes de agora: ele atrai as pessoas a um relacionamento de salvação com Cristo e realiza os propósitos do Pai. Seu objetivo em Josué, bem como no AT, era a salvação de Israel, pois, foi através dessa nação que Deus escolheu salvar o mundo (Is 63.7-9)
       Várias características sobre a maneira como o Espírito opera podem ser vistas em Josué. A obra do Espírito Santo é contínua: “Não te deixarei nem te desampararei” (Js1.5). O Espírito Santo está comprometido a realizar a tarefa, independentemente de quanto tempo demore. Sua presença contínua é necessária para o sucesso do plano de Deus na vida dos homens. A obra do Espírito Santo é mútua: “Tão somente sê forte e mui corajoso para teres cuidado de fazer segundo toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem-sucedido por onde quer que andares” (Js1.7). Foi dito: “Sem ele, não podemos; sem nos ele não quer”. A cooperação com o Espírito Santo é essencial à vitória. Ele nos habilita a cumprir nosso chamado e a completar a tarefa ao nosso alcance. A obra do Espírito Santo é sobrenatural. A queda de Jericó foi obtida mediante a destruição milagrosa de seus muros (Js 6.20). A vitória foi alcançada em Gibeão, quando o Espírito deteve o sol (Js 10.12,13). Nenhuma obra de Deus, seja a libertação da servidão ou possessão da bênção, é realizada sem ajuda do Espírito.
      A Despedida e Morte de Josué
      Passado muito tempo depois que o SENHOR concedeu descanso a Israel de seus inimigos, Josué, com idade avançada convoca líderes, juízes e oficiais das promessas cumpridas por Deus mediante ao povo (Js 24:14,15). Reuniu também todas as tribos em Siquém (Js 24). Quando Josué tinha cento e um anos de idade, morreu e foi sepultado na terra que tinha recebido por herança em Timnate-Sera, nos montes de Efrain, ao norte de Gaás. Israel serviu ao SENHOR durante toda vida de Josué e dos líderes que lhe sobreviveram e que sabiam de tudo o que o SENHOR fizera em favor de Israel.


      BIBLIOGRAFIA:


·         http://www.vivos.com.br/91.htm

·         Lucado, Max/ Frazee, Randy. A História. Editora Sextante.

Um comentário:

  1. O livro de Josué é realmente inspirador... Além de todos os ensinamentos que a história traz, a forma como Josué foi chamado pelo Senhor e o desenrolar da história, emociona e nos faz refletir sobre nossa condição humana e a poderosa ação de Deus.

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