Trata-se de uma postura comportamental que valoriza um sistema de preferências como necessário para o adorno congregacional, de modo a tornar o crescimento espiritual mais suscetível aos padrões de conduta de uma sociedade secular.
Ao igualar tendências comportamentais com crescimento, o libertino se torna também devastador por várias razões:
1. O libertino desvirtua o papel da motivação interior numa ação.
2. O libertino põe o foco no esforço e vontade própria de mudanças e não no discernimento divino.
3. O libertino estimula em valorizar o consenso pessoal de satisfação do que a dependência de Deus.
4. O libertino tende a usar a Bíblia para justificar suas idéias e preferências precipitadamente formuladas.
5. O libertino tende a imaginar que uma pessoa é aceita por Deus em função de sua intuição e não por causa do Seu conhecimento e maturidade espiritual.
6. O libertino tende a impor convicções pessoais sobre si próprio e as outras pessoas e condena os que não se submentem ou não desejam viver segundo tais parâmetros e procura criticar os que desejam andar sobre princípios bem definidos.
Libertinagem é diferente de liberdade, uma vez que o segundo se trata da plena responsabilidade em exercer um conteúdo com prudência e embasado em preceitos que não comprometem o propósito essencial de uma causa pimária, sem distorcê-la diante do que convém ou não.
A liberdade é experiência que resulta do conhecimento da VERDADE (a Palavra do Senhor) e não da faculdade de fazer o que se quer ou de decidir pelo que se entenda. Isso implica, necessariamente, em se por em prática os ditames da Palavra de Deus, que é a VERDADE e que deve ser obedecida em todas as áreas do nosso comportamento, como padrão único e exclusivo da vida cristã. O conhecimento da Verdade só se alcança quando a praticamos e não, apenas, quando dela temos ciência. Veja o que disse o Senhor Jesus na oportunidade: “Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos”;
A faculdade de fazer o que se quer ou de decidir como se entenda não elimina o fato inexorável da pecaminosidade humana, que sempre representa terrível “escravatura”. Por mais livre que o homem se julgue, no seu comportamento humano, nunca se livrará, só por isso, da condição de escravo do pecado. A inevitável prática pecaminosa, decorrente da nossa própria natureza, anula a possibilidade da experiência da verdadeira liberdade. A pecaminosidade controla os pensamentos, o comportamento (as ações) e os resultados da atuação humana;
A religiosidade formal (filhos de Abraão) não significa exercício de verdadeira liberdade. A petulância e o orgulho de muitos “religiosos” confronta com a experiência correta de liberdade, na medida em que a sua atitude é meramente formal, egoísta, superficial e hipócrita e não de autêntica “espiritualidade”. A religiosidade é mera solução humana para a necessidade espiritual do ser humano. Carece, por isso, de autenticidade espiritual, pois não significa “novo nascimento” ou nova vida em Cristo (II Cor 5:17). Devemos ser “espirituais” e não “religiosos” e, só assim, estaremos usufruindo legítima liberdade;
Uma vez que a igreja sente a necessidade de prever certas concepções a favor de um crescimento massivo de membros para a suposta obra por meio de vínculos com prioridades do mundo externo, os líderes se sentem induzidos em fazer de seus ministérios uma unidade de promoções e entretenimento vazio, capacitando o joio a se multiplicar no lugar do trigo.
RESULTADOS DE UMA IGREJA LIBERTINA:
1. Desejo pelo controle de programações e atividades previamente dotadas de concepção privativa.
2. Grupos infrutíferos e facções que levam à obsessão em realizar encontros restritos e fechados.
3. Atrofia e debilidade espiritual. Eternamente dependentes do conceito de líderes e pastores para engrenar causas que não conseguem abraçar de forma íntegra.
4. Hostilidade, concorrência, amizades e relacionamentos superficiais (contando c/ o tradicional "fica gospel") e relações sem o consentimento de um pastor.
5. Soberba diante dos que encabeçam idéias que buscam ascenção social no meio aglutinado e envolvido por entretenimento.
6. Desigualdade e julgos que comprometem o testemunho diante do real evangelho.
7. Exercício da total parcialidade ao delimitar pessoas segundo o que mais lhe convém dentro de um ministério.
8. Falsas premissas em atribuir resultados dentro da igreja por meio do que se faz, de recursos através da lei da oferta e procura por qualquer coisa que atraia o gosto do público (principalmente daqueles que não gostam do evangelho), pela lista de espera saturada por viagens e eventos afins ou qualquer coisa que satisfaça as expectativas da massa em geral.
Só uma submissão total ao Senhor, como filhos de Deus, traz-nos experiência de liberdade. É importante que vivamos sob o constante Senhorio de Cristo, no sentido da experiência de Paulo, quando afirma: “Não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim” (Gl 2:20).
Essa atitude só será alcançada quando:
1. Reconhecemos que só o Senhor pode (Lc 4:18); isso implica no exercício de nossa fé;
2. Rendemos, integralmente, o nosso ser a Ele (Mt 11:28); isso implica em real e constante experiência com Cristo;
3.Submetemos ao Senhor o controle total de nossa experiência de vida, em todas as áreas pertinentes (Jo 15:5). Devemos cuidar, seriamente, para que em nome de uma falsa “liberdade”, não hajamos como transgressores!
4. Quando procuramos entender que as pessoas são a maior prioridade de uma igreja, capacitando-as e investindo especificamente nelas em amor pelo evangelho e não por paixão e prioridade pela novidade ou sofisticação, no intuito de agradar pessoas e principalmente projetar especulações por meio de um grupo possuído pelo favoritismo social.
“Vivam como pessoas livres, mas não usem a liberdade, como desculpa para fazer o mal; vivam como servos de Deus”
I Pedro 2:16.
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