Verbalize-se!

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terça-feira, 2 de novembro de 2010

Sepultando os Mortos



“E disse Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.E outro de seus discípulos lhe disse: Senhor, permite-me que primeiramente vá sepultar meu pai. Jesus, porém, disse-lhe: Segue-me, e deixa os mortos sepultar os seus mortos”. Mateus 8:20-22
Assim como vivemos em função dos condicionamentos humanos, morremos a cada dia para aquilo que nos mantém vivos a tais condições.

A nossa instância é breve, da mesma forma que nossos entes queridos deixaram marcas em nossa existência e retornaram ao âmago da realidade da criação. Portanto somos perecíveis e escravos dessas circunstâncias humanas da busca eterna de sobreviver segundo as maledicências impostas pelos valores da sociedade sacramentada ao mal uso do livre-arbítrio concedido a nós, desde ao princípio da nossa existência e priorizada a partir da nossa queda e separação dos cuidados de Deus.

Partindo deste princípio, somos convidados a sacrificar esses tais encargos presentes em nossa vida, para morrermos continuamente ao presente regime da oferta e procura de atrativos que possam creditar o prazer de viver uma realidade violada pela consumação do nosso real entendimento sobre o valor da vida.

Deus nos criou como produto de sua semelhança da visibilidade eterna por meio do Espírito Santo, contudo insistimos em nos manter abastecidos pelo produto de uma fonte perecível do fruto da sabedoria do bem e do mal que nos permitiu desvincularmos da eternidade.

“Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem.Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem.Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo.” 1Coríntios 15:19-22.

Ezequiel foi um exemplo de dedicação ao cargo em exercer transcedência de uma morte perene vinculada a tal critério humano. Ele cumpriu a profecia da restituição da vida por meio da matéria morta:

“Eis que veio a mim o Espírito do SENHOR e me pôs no meio de um vale que estava cheio de ossos secos e me disse: Profetiza sobre estes ossos, eis que farei entrar em vós o espírito, e os farei vivos novamente. Assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu abrirei os vossos sepulcros e farei subir delas e vos trarei à terra de Israel, sabendo que eu sou o SENHOR”. Ezequiel 37:1-2;7;12-13.

O Espírito de Deus o trouxe também de volta à Caldéia. Uma encenação retratou o Rei Zedequias e o povo fugindo de Jerusalém. Falsos profetas e profetisas foram denunciados. Idólatras foram rejeitados. Judá foi comparada a uma videira imprestável:

“Caiu, pois, sobre mim o Espírito do SENHOR, e disse-me: Fala: Assim diz o SENHOR: Assim haveis falado, ó casa de Israel, porque, quanto às coisas que vos sobem ao espírito, eu as conheço. Multiplicastes os vossos mortos nesta cidade, e enchestes as suas ruas de mortos. Portanto, assim diz o Senhor DEUS: Vossos mortos, que deitastes no meio dela, esses são a carne e ela é o caldeirão; a vós, porém, vos tirarei do meio dela”. Ezequiel 11: 5-7.

Assim como Cristo condenou os fariseus que se serviam da ritualidade para enrijecer mais ainda a mortalidade dentro de si mesmos:

"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que edificais os sepulcros dos profetas e adornais os monumentos dos justos,E dizeis: Se existíssemos no tempo de nossos pais, nunca nos associaríamos com eles para derramar o sangue dos profetas.Assim, vós mesmos testificais que sois filhos dos que mataram os profetas”. Mateus 23:27-31.

Entretanto, como podemos nos desfazer da vigência de permanecer encrustrado em nossos próprios sepulcros destinados aos que se preservam os princípios da Igreja de Sardes, mencionada no Apocalipse, esta uma igreja empenhada e até mesmo conhecida por suas obras, que lhe davam uma aparência externa de vitalidade, porém destinada a decadência e apatia espiritual... (?)

“E ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete espíritos de Deus, e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto”. Apocalipse 3:1

Saiba que nada poderá manter vivo o presente destino da igreja se você não tomar partido da identidade dela mesma.

Se desfaça das programações promocionais, dos relacionamentos doentios, dos ministérios atrativos que acumulam títulos aos que se exaltam por meio dele, da bengala do pastor para apaziguar e justificar seu comportamento diante do seu estilo de vida. Respeite os idosos e anciões, pois por meio deles é que a comunidade em que você vive permanece renovada e respeitada na sociedade.

Aceite as pessoas como elas são independente do seu contexto financeiro (emergência social, sex appeal, referência perante seu ciclo de amizade baseada ao interesse em se integrar aos mais privilegiados) assim como aqueles que têm algo a te oferecer pessoalmente ainda contudo que se priorize pessoas que possuam firmeza de caráter e o famoso “conteúdo” direcionado aos que vivem para Cristo.

Desmistifique a personificação divina dos líderes em revelar algo próspero ou abençoado para sua vida privada (mistérios, revelações sobrenaturais extra-bíblicos, etc.) e procure discipular-se da palavra para que você possa ter autoridade e autonomia suficiente em dirigir a sua vida perante a vontade de Deus, ainda que haja os “doutores-da-lei” na igreja para estabelecer o que é mais suscetível ao progresso existencial da instituição.

Por fim, dedique a personalidade da igreja em si por meio da sua vida, para que seus dias sejam frutíferos, assim como o seu futuro seja firme no crescimento e produza resultados em comum com a identidade de Cristo refletida em você.

Paz
Christiano Lins

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