Verbalize-se!

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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

O Abismo Que Nos Separa




"E disse-lhes Jesus: A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou. Se alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou se eu falo de mim mesmo. Quem fala de si mesmo busca a sua própria glória; mas o que busca a glória daquele que o enviou, esse é verdadeiro, e não há nele injustiça”.
João 7:16-18
Nem sempre o que se busca não é realmente o que se encontra quando se fala de cristianismo moderno.

A verdade é que algo que realmente é escasso são cristãos que se ajustem segundo os preceitos do próprio Jesus Cristo por meio do versículo mencionado acima. Do contrário, alinham-se perante um mundo cada vez mais solúvel aos valores incisivos do moralismo técnico, algo que se tornou uma regularidade no meio santo. O que não se contava era que esse tipo de conceito fosse incrustar em nossa realidade cristã de forma tão natural, a ponto de maquiar as nossas intenções em relação ao próximo.

Por conseqüência essa vida promissoramente de abundância se enche de escassez quando se fala em procedência de nossas expectativas em busca da glória e da graça no momento que nos tornamos pessoas inertes ao conhecimento da própria soberania divina através desses meios que escolhemos.

Construímos templos que reproduzam a realidade de Deus na vida das pessoas sem dar conta do real procedimento de nosso ajustes em delimitar nossos próprios interesses e o chamamos de evangelho, porém, este segundo o que criamos e não necessariamente ao que os apóstolos projetaram para nós perante suas vidas de dedicação ao testemunho árduo e gradativo.

Preferimos bem mais viver debaixo de regras sociais bem definidas, seguindo padrões pré-elaborados de comportamento, do que aceitarmos da forma que Ele nos criou e saber explorar nossas virtudes, característica da verdadeira santidade do qual a Bíblia nos direciona.

Em momento algum Jesus desprezou a nossa natureza e nossos anseios em relação aos nossos desejos, porém o mundo cristão contemporâneo o classifica de carnalidade, infringindo o direito de Deus de moldar as nossas perspectivas em relação a nós mesmos e aos outros.

“Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque para ele são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, enquanto ele por ninguém é discernido”. Coríntios 2:14,15

“Por isso vos digo que tudo o que pedirdes em oração, crede que o recebereis, e tê- lo-eis”. Marcos 11:24

Nos declaramos contra o legalismo porém vivemos debaixo de regras estabelecidas por instituições (o que não é novidade), mudamos os nossos costumes mas não o nosso hábito de se moldar segundo o perfil aderente às práticas aprovativas do meio. Deixamos de direcionar o livre arbítrio em nossas vidas de modo a termos boa definição de discernimento para nos colocarmos nivelados com o puritanismo.

“Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda.” João 14:14
Enfim criamos um abismo entre nós quando deixamos de praticar a inclusividade para ceder à exclusividade, na frieza de nosso tratamento com os outros por meio da falsa humildade, do sentimento de piedade austera, da intransigência, da impessoalidade e sobretudo pelo uso de jargões religiosos que nos segreguem, pois simula algo que não sentimos quando pronunciamos palavras proféticas ao outro e nos priva de um verdadeira convivência interpessoal em pé de igualdade com todos. Sem falar que essa formalidade demonstra o distanciamento que temos dos princípios relacionais conosco, evitando ter contato na correção das diferenças entre nós para promover nossa suposta autosuficiência na dependência em Cristo.

É preciso mesmo enterrar o misticismo de nossa mente poluída por profetas invencionistas de templos feitos de concreto e buscar valores consistentemente palpáveis que restaurem nossos vínculos por meio do poder do raciocínio e da cumplicidade verdadeira conosco, recriando a nossa realidade por meio do bom uso dos propósitos do Senhor.

Somos agentes diretos das resoluções oriundas de Deus e o nosso comportamento colabora com o nosso futuro a partir do momento que deixamos de lado a insensatez religiosa e damos ênfase ao zelo coletivo através de uma integração verdadeira de uma igreja.
Christiano

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