Verbalize-se!

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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

A Cultura do Inferno

"Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo"; Colossenses 2:8

Nossos dias são acometidos de sucessivas transfigurações de nossos valores, principalmente quando diz respeito à nossa identidade perante a postura diante dos veículos de comunicação em massa, das relações de poder entre um mundo globalizado e os novos desafios em alcançar níveis cada vez maiores de qualidade de vida, praticidade em nosso cotidiano e o bom uso de nossos recursos, sejam naturais ou tecnológicos.

Contudo, por mais óbvio seja a nossa conscientização e temor sobre nosso futuro como seres ativos aos bens e descontrole de nosso planeta, não nos damos conta de como somos passivos ao avanço da cultura do caos aberto em nossos lares, no nosso relacionamento corrente com o próximo e pelas escolhas decisivas do qual nos dispomos a seguir continuamente.

A depreciação do caráter humano, a insasciável intenção de conquistar o espaço individual a qualquer custo (datado desde os tempos das cavernas), a disposição de reeditar conceitos e argumentos segundo o que mais convém ao nosso processo de descoberta interior, nos faz graduativamente idealizadores da Cultura do Inferno.


Priorizamos a retórica de que optamos pelo o que é bom para nós, na qual julgamos capazes de estabelecer padrões de bondade e maldade sobre pessoas e circunstâncias ainda que saibamos que nossa convivência não consiste na absoluta capacidade de viver a vida do próximo e sim de relacionarmos com ele. Protagonizamos o nosso poder de criar uma realidade ou um ambiente por meio de nossas vontades e expectativas, indiferentemente dos resultados propostos àquilo que almejamos por conta do que é vantajoso ou não para o ego sob medida.

Preferimos nos mergulhar no consumismo das aparências materiais do que desenvolver o suporte de nossa personalidade através de nosso caráter. Trocamos isso pela banalização da vida e das próximas gerações que hão de vir, abortando nossos sonhos e a nossa cria, privando-a de sentir o aroma da vida em seus pulmões.

Assim como a ciência clássica, levantamos teorias e regras baseado por nossa lógica empírica e por nossa vivência, porém não damos parte de que somos apenas o produto de uma criação soberana e apesar de sermos imagem e semelhança dela, não temos o domínio de nosso destino.

Todavia expomos argumentos para moldar verdades sintéticas e pré-fabricadas para confundir-se com a verdade irrefutável, para vender livros, promover eventos e palestras de auto-ajuda, conglomerar pessoas creditadas a tais fatos, de modo a preenchermos a nossa vida vazia de aspectos fundamentados no concreto, por meio de partidos e chapas politizadas, torcidas organizadas, fã-clubes itinerantes e divisões aquisitivas de modo a conflitarmos, mutilarmos, favorecer facções de um futuro cada vez mais distante do altruísmo da filosofia Paz e Amor idealizado por nossos pais. Ao invés disso, criamos a nossa forma de pacifismo para com o próximo, negligenciando o conteúdo ilícito e a gravidade de nossos atos de provimento conjugal, desrespeitando o compromisso, o zêlo, a aliança matrimonial e a orientação sexual devida e chamamos isso de Amor.

Ainda que se apeguem às suas crenças e credos, os homens forjam o seu relacionamento com o Criador por conta de não absorverem o crucial e deixar de lado a natureza do velho homem, autofundamentado por sua incessável busca do desconhecido e especialmente daquilo que reflete a sua própria materialização daquilo que é maleável, criando espaços de veneração ao sobrenatural, às teorias de prosperidade, ao falso modelo da abordagem de Deus aos demais, criando um campo de persuazão psicológica que oprime o senso comum alheio, mistificando a suposta graça de Deus e explicitando a intenção de converter indivíduos baseado no temor ao inferno e suas potestades ao invés de testificar o valioso chamado de Deus a uma vida de pluralidade legítima para toda eternidade.

Enfim, como resultado disso criamos "fiéis" frustrados, líderes soberbos, sistemas de convivência congregacionais corporativas, delimitação comportamentais promovendo a exclusividade e a exclusão ao invés da inclusão.

"Do mundo são, por isso falam do mundo, e o mundo os ouve. Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus ouve-nos; aquele que não é de Deus não nos ouve. Nisto conhecemos nós o espírito da verdade e o espírito do erro". 1João 4:5-6

"E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência.Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também". Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou".Efésios 2:1-4

Testificou Deus, por meio de seu filho em meio às nossas transgressões e nos deu a oportunidade de conhecer um mundo inesgotável de perspectivas desde agora para a eternidade, pelo simples ato de sermos guiados por meio de nossas decisões diárias em conhecê-lo intensamente. Todavia cabe a nós participar dessa novidade de vida alimentando o Espírito Santo intimamente por meio de nosso intelecto.

Siga conhecendo à Deus em todas as circunstâncias!

Christiano

2 comentários:

  1. Infelizmente é algo que já esperimentamos no cotidiano toda a banalidade da vida, além do vazio na vida daqueles que procuram preenchê-la de modo a ser aceito no contexto social e a religião não fica fora de tal conceito.

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  2. É uma pena ver os desígnos de Deus serem corrompidos pela força maior da vontade humana. Sinal que o pecado perdura até mesmo naqueles que dizem amar a Deus, mas que não conhecem os preceitos verdadeiros do cristianismo, nem mesmo da ética racional de nossos princípios.

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