Verbalize-se!

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quinta-feira, 22 de julho de 2010

A Cruz


"Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me;" Mateus 16:24

"E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim. Quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida, por amor de mim, achá-la-á."
Mateus 10:38-39

A cruz foi mais conhecida pela história como um instrumento de condenação e tortura do mais alto grau atribuída para os maiores criminosos submetidos a um julgamento por autoridades locais. Simbolizava por si só a humilhação materializada àqueles que por ela eram sentenciados e marcada como uma infração, comprometendo continuamente seus descendentes por muitas gerações.

Através dela, tudo aquilo que delimitava o que era imoral, impuro e passível à degradação da integridade de um indivíduo estava por si associado como um meio de retaliação àqueles sujeitados por ela.

No mesmo instante, Jesus representou um paradigma sacramentado à humanidade de um preço pago por uma pessoa que pelas leis romanas era inocente porém oriundo de toda uma geração paliativa do mal irremediável do pecado. Todavia fomos justificados por este sacrifício, atenuando a graça por Cristo associada a nós de permanecermos diante da vida, sacrificando nossos valores individuais em prol do ideal concebido por Ele à todos que carregam seu nome no cenário de nosso cotidiano de adversidades e angústias provocadas pelo desacerto de um mundo degenerado pelos males individuais.

É visto que somos chamados a sujeitar o nosso caráter em apascentar e cuidar de nosso próximo, atendendo às necessidades dos demais e submetendo-se a depuração do mundo em confrontar os nossos valores diariamente na tentativa de dissociar aquilo que mais priorizamos em nossa vida que é a nossa morada na plenitude de Deus, sendo assim nós sujeitos a carregar a cruz de nossas diferenças em detrimento à sociedade em que pertencemos.

Entretanto existem aqueles que se apossam do direito de se apoiarem uns nos outros como forma de amenizarem suas expectativas de alcançarem aquilo que desejam, através de bênçãos pré-molduradas à sua satisfação, caracterizando tais pessoas como a própria Cruz encarnada.

Ainda que Cristo tenha sido mutilado por nossas dissimulações, entretanto insistimos em tratar nossas enfermidades como parte de nossa dor privativa de modo a segregarmos uns aos outros , sempre requerendo o nosso direito de fazer parte da coroa da vida, criando mais dependência aos demais envolvidos.

Aqueles que personificam a Cruz sempre estão debaixo do direito de estabelecer críticas à igreja, seus membros e suas atividades, muito embora do contrário não se envolvam pessoalmente a elas nem tanto contribuem de forma alguma a um tipo de exercício ou atitude ao Reino nem mesmo nas coisas mais simples, destituindo-se até mesmo da sua responsabilidade e identidade como cristão!

Outros se espelham integralmente na liderança pastoral ou nos mais “ungidos” para desfrutarem de uma receita pré-elaborada do evangelho e tirarem proveito do que eventualmente possam colher através dela.

È fato que fomos chamados a pró-atividade, assim como Deus institui ao seu Filho em nosso meio e darmos aceso à gloria divina.Assim devemos fazer o mesmo, ainda que tenhamos que servir de “bengala” aos mais fracos na fé.

È certo que ninguém almeja pra si ser uma Cruz pra si próprio, muito menos para os outros, visto que ela, a Cruz simboliza todo o peso da morte de nossas transgressões e pobreza de nossa natureza humana.

Ressalto que esta mensagem não é direcionada a ninguém especificamente, mas a todos nós, partindo de mim, remetente de tais palavras e consciente do reflexo daquilo que desejo para mim diante de meus irmãos e amigos.

“Na verdade, na verdade te digo que, quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo, e andavas por onde querias; mas, quando já fores velho, estenderás as tuas mãos, e outro te cingirá, e te levará para onde tu não queiras. E disse isto, significando com que morte havia ele de glorificar a Deus. E, dito isto, disse-lhe: Segue-me.”
João 21:18,19
Christiano

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