Verbalize-se!

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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Reconhecendo seus Amigos



A origem da palavra Amigo vem da mesma variação morfológica da palavra “Amor” que por sua vez significa “de mãos dadas”, descrevendo assim o vínculo entre indivíduos.

Deus criou os seres vivos para que haja vínculos que mantenham uns aos outros ligados pela própria razão de suas existências, conduzindo-os por uma direção em comum, formados a partir de um propósito soberano. Da mesma forma os seres humanos foram criados através da semelhança com o criador de modo que a sua aliança tornasse possível uma harmonia entre o querer e o realizar do criador com sua própria criatura.

Adão e Eva foram o produto inicial desse elo do qual unia um ao outro de modo que suas vidas se direcionavam através da atitude de um pelo outro.

“E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada. Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne.”
Genesis 2:23,24


Porém por intermédio da cobiça pelo desconhecido instigado pela origem do mal, os dois foram encaminhados para um destino do qual resultou na quebra da sinergia entre Deus e o homem. O pecado então consiste no desvio do conceito que todos estão conectados por um propósito maior, tornando o ser humano aparentemente convencido de sua auto-suficiência perante a sua vida e seus atos.

Contudo, mesmo desconhecendo tal conceito, todos reconhecem a necessidade de se relacionarem uns com os outros, criando o interesse em se estabelecer amizades que possam suprir tal desejo de serem reconhecidos.

Muito embora a amizade seja algo vital em nossas vidas nem sempre essa união é puramente saudável, pois como todo vínculo criado produz um resultado, muitos esquecem do que realmente tal ação é fundamentada, priorizando muitas vezes um combate individual contra a solidão.

O posicionamento cristão diante da amizade é entender que somos imagem entre nós no passo que cada um é o prolongamento da existência do outro.

Portanto se queres reconhecer verdadeiramente seus amigos, basta atentar-se às seguintes coisas:

1. Pessoas não são frutos das circunstâncias nem da situação do qual você está inserido. Todos assim como você, são origem da criação do poder divino. Se você costuma valorizar pessoas segundo o que elas te oferecem ou pelo contexto do qual pertencem, mas cedo ou mais tarde as circunstancias tomam um rumo diferente do desejado e você cairá na dependência do próprio contexto estabelecido pelos outros para que você seja reconhecido.

2. A amizade tem origem no amor pelo próximo e por meio dele se estabelece um direcionamento na caminhada por um destino em comum. Porém não se deve formatar ninguém segundo os seus conceitos. Porém saber lidar com as diferenças muito embora seja importante, não é o suficiente. Seja honesto e pratique a complacência pelo próximo de forma a reter aquilo que é benevolente para ele. Ser negligente com as atitudes de cada um é como guiar um veículo em direção ao abismo e não informar pra onde se está indo.

3. Seja imparcial com todos independente do grau de identificação com o seu parceiro. Nunca seja imprudente ao dar conselhos nem defenda demasiadamente àqueles que precisam de esclarecimento. A forma com que você lida com situações dos quais envolvem pessoas ligadas a ti diz que tipo de pessoa você é.

4. O que condiciona o amigo real é a disposição de cultivar compassividade pelo momento do qual seu amigo se encontra seja ele bom ou ruim. Aproximação em momentos de anscenção e retrocedendo nos momentos críticos deixa claro que você está centrado apenas em si, enquanto que o amigo é o produto voluntário em dar relevância ao outro. Desenvolver empatia pelo próximo é a chave de uma amizade duradoura.

5. Não afugente nem admoesta moralmente seus amigos baseados em seus princípios. Aquilo que deveria ser um conselho acaba se tornando um conflito bélico que resulta em ódio, mágoa e destruição dos valores primordiais de Deus. A contínua convivência com o ambiente no qual ele está inserido torna mais claro a razão de cada ocasião. Mantendo controle da situação aguça a sua percepção e dá ênfase a sua humildade.

6. Pratique o perdão em qualquer oportunidade que você tiver. Através dele é que se dá continuidade ao mover de Deus e evita que os infortúnios impeçam o seu crescimento, uma vez que o aprendizado permanente mantém o desenvolvimento do seu caráter por meio da convivência.

7. Priorize àqueles que te produza frutos de paz, sabedoria e sobretudo senso de independência. Não se prenda à presença deles em todas as situações. Indiferente da distância o seu vínculo destaca o grau de aproximação entre você e ele. Todavia não seja indiferente com aqueles que não são achegados a você. Se direcione a todos da mesma forma com qualquer outro. Jesus tinha suas preferências mas o seu tratamento e amor para com todos era o mesmo.Somos pessoas assim como Jesus materializado em homem e como tais o nosso vínculo com os mais próximos permite que tenhamos conexões com outros vínculos, permitindo que tenhamos condições a atender o maior número de pessoas no mundo. Entretanto somente Deus tem a capacidade de se aproximar de todos ao mesmo tempo da forma mais perfeita.
Christiano Lins

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